segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Reflexões sobre Mestres e Aprendizes

Mestre e Aprendizes!

Há poucos dias rolou um debate muito interessante em uma lista que eu participava no facebook (não participo mais, pois lá não há respeito pela opinião alheia - se você não concorda com o dono da lista ele simplesmente deleta o que você escreve, ou até o tópico inteiro, então não tenho motivo para pertencer a um grupo onde não há liberdade de expressão), que se deu em cima de um texto (um pouco polêmico) e levou a um debate caloroso e que achei bem produtivo, onde se enveredou por outros assuntos, como ego, religiosidade, mal-entendidos, função de Mestre e de aprendizes...
Antes de chegar à questão de Mestres e Aprendizes, cabe colocar aqui como começou todo o debate!

Citando um pedacinho do texto:
“Talvez esteja na moda dizer que é bruxa, pois o que mais vemos atualmente são pessoas que não se envolvem minimamente em um estudo ou prática se dizendo bruxas. Para mim, são os bruxos virtuais, aqueles que adoram mostrar nas redes sociais que são isso e aquilo, mas que na vida real nunca nem colheram uma erva no jardim. Vivem nesse mundo da internet se mostrando e até fazendo um feiticinho ou ritual que encontram na rede e nunca colocaram os pés na terra. São aqueles que reverenciam a natureza de dentro do quarto do apartamento. Bruxaria não é brincar de Harry Potter, não é usar roupa preta com um pentagrama pendurado no pescoço, não é seguir um modismo, não é fechar os olhos para a sua essência só para fazer o mesmo que todo mundo faz. Não! Bruxaria é fazer um trabalho de autoconhecimento profundo, é colocar os pés na terra, é viver o êxtase, é conhecer as plantas, é se conectar com o fluxo da vida e o ciclo do ano, é entrar na mata escura, é maturidade, é espiritualidade, é religião”. 

Concordo, porém sem querer julgar o caminho do outro, por isso resolvi dar minha opinião também:
“Gente, estou numa fase agora de não me importar à mínima com o caminho do outro, estou focada no meu, e é isso o que importa pra mim. Se fulano ou beltrano acham o máximo se fantasiar de Harry Potter e gritar aos quatro ventos que são bruxos, show! Eu que não vou perder meu tempo em sentar com eles pra tentar explicar que existem outros caminhos. Os caminhos todos estão aí, e cada um se identifica com aquele que lhe diz algo. Se o de fulano é ser cosplay de Harry Potter, beleza! Ele tá feliz assim?! Ótimo! Quem sabe mesmo assim ele está caminhando e aprendendo alguma coisa?! Quem sou eu pra julgar?! Quem sou eu pra dizer que o meu caminho está certo e o dele errado?! Mudei minha gente, não julgo mais, não debocho mais, não me importo mais e posso afirmar que estou um milhão de vezes melhor assim, focada só no meu caminho que é repleto de luz, sabedoria e ensinamentos. Antes eu achava que tinha que abrir a mente das pessoas, mostrar meu caminho pra elas, me preocupava com elas, e só perdi tempo e energia! Agora eu estou aqui, exibo sim meu caminho, para quem quiser ver, porém é apenas isso o que faço. Se alguém se identificar e vier conversar, aí sim eu converso, explico e apresento. Caso contrário, sigo meu caminho em paz, sem olhar pra trás”!

Refletindo sobre isso, venho aqui dizer que sempre tive muito orgulho de ter vencido as inúmeras batalhas que já enfrentei , porém reconheço que isso já fez de mim uma ególatra arrogante e prepotente. Já me achei superior e melhor que os outros, já debochei de muita gente e de muitas crenças, mas tenho aprendido muito, principalmente nos últimos meses, e vejo o quanto eu estava errada agindo assim. Puxei meu ego pra baixo e o sentei do meu lado. Agora estamos começando a nos entender! Afinal de contas, vamos caminhar juntos por toda a existência, então é melhor vivermos em harmonia, né?! Rsssssss! E o ego também é nosso Mestre, pois temos muito a aprender com ele!

Assim começo aqui refletindo um pouco sobre o papel de um aprendiz. Creio (e procuro agir assim) que um aprendiz deve estar o tempo todo refletindo sobre as lições que lhe são impostas pelo caminho, e sempre são muitas. Devemos, como aprendizes, estar sempre atentos a estas lições.
Há uma lição que me vem sendo colocada há mais ou menos dois anos, que é sobre focar apenas no meu caminho. Demorei, mas aprendi, e junto com esta lição também aprendi que além de não dever me preocupar com o caminhar do outro, também não me cabe julgá-lo.
Isso porque, nestes últimos meses, aprendi que posso HOJE estar em uma condição de maior saber e de maior evolução do que fulano, porém isso não me dá o direito de menosprezá-lo ou de debochar dele.
Aqui cabe um exemplo que irá demonstrar o porquê disso. Vamos supor que eu esteja no degrau de número 40 e fulano ainda esteja no degrau 32. Só que nesta encarnação eu subi apenas 3 degraus, enquanto fulano subiu 8! Sob esta perspectiva, quem é melhor?! Neste ritmo, em duas encarnações fulano chegará ao degrau 48 e eu apenas ao 46, então quem sou eu pra julgar o outro?! Quem sou eu pra me achar superior ao outro?! Não existe essa de "quem é melhor"!
Acho que devo preocupar-me é em subir os meus degraus! E vamos manter a humildade, né?! Acho que quem foca em seu caminho e não se preocupa com o do outro não vira um ser arrogante, pois pra ele não importa se o outro está na frente ou atrás. O que importa é seguir em frente!
Também acredito que seja bom para todos que TODOS evoluam, portanto é importante a transmissão de conhecimento, assim um aprende com a experiência do outro.
Foi então comecei a refletir sobre o papel de um Mestre.

Então outra pessoa do grupo citou uma metáfora muito interessante na lista da discussão:
“Um mestre vai estar lá em cima da montanha olhando os alunos tentando subir ao topo. Alguns vão sequer dar o primeiro passo, outros vão caminhar e rolar montanha abaixo em dado momento, outros vão parar de cansaço e mesmo que se aponte por qual encosta é melhor escalar, não se pode caminhar por ninguém. E só quem for ao fim da trilha vai então poder enxergar a mesma paisagem... Por isso sempre costumo dizer que consciência é uma conquista”.


Gostei demais dessa metáfora! Só que eu a avaliei sob o ponto de vista literal, ou seja, de realmente escalar uma montanha, e usei como base de interpretação, e parâmetro de comparação, as aulas que tive ao fazer o curso técnico de guia de turismo ecológico (o nome correto é Guia de Turismo especializado em Atrativos Naturais, mas ninguém chama assim! rssssss).
Sob este ponto de vista literal, não há como escalar uma montanha, ou mesmo percorrer uma trilha em mata fechada, sem que um Mestre te ensine como usar as ferramentas pra isso e alerte sobre os cuidados que deve tomar.
No curso que fiz (de guia), tive vários Mestres diferentes. Alguns apenas me guiavam pela trilha, para que eu aprendesse o caminho, outros iam além e me ensinavam como marcar a trilha, como identificar o melhor caminho a seguir. Mas um deles foi muito mais além e me ensinou a como me virar caso eu me perdesse no meio da floresta. Me ensinou a identificar plantas e frutos que eu podia comer, como descobrir onde encontrar água, como me guiar pelo céu, por bússola e por carta topográfica, enfim, com este eu realmente aprendi a me virar sozinha e ser capaz de andar com meus próprios pés por qualquer floresta! Assim eu passei a ser capaz de fazer minha própria trilha!


Portanto, conclui que se um Mestre não está ao seu lado para te ensinar a usar as ferramentas necessárias para que você possa trilhar seu caminho sozinho, fica bem complicado pra que o aprendiz escale a montanha. Pior ainda aquele mestre que ao subir marca todo o caminho e deixa tudo pronto para que você apenas siga seus passos. Este faz com que o aprendiz fique dependente dele, pois se ele não for à frente o aprendiz irá se perder. Neste caso, o aprendiz não é um aprendiz e sim um mero seguidor.

Assim, achei que a metáfora merecia uma pequena ressalva, pois a meu ver um Mestre não deve ficar do alto da montanha observando seus discípulos subirem a montanha. Interpretei que se ele assim o fizer terá perdido a batalha do ego, pois um Mestre deve ter a humildade de subir a montanha junto com seus aprendizes, pois só assim será capaz de orientá-los e só assim poderá reaprender a subir a montanha, afinal, terá que vencer novos desafios e irá aprender coisas novas com as dificuldades de seus aprendizes. Ou seja, o Mestre, para que possa ensinar, deve estar ao lado e não a frente, e nunca deve esquecer que mesmo sendo um Mestre ele não deixa de ser um aprendiz.

Bom, ao dizer isso alguns da lista não gostaram, e acharam que não caberia ao Mestre descer mais a montanha, já que chegou ao topo. Percebi, então, que eu não havia atingido a verdadeira metáfora do texto, mas que eles também não estavam entendendo a minha interpretação... Parecia que o Mestre estar ao lado do aprendiz enquanto este sobe a montanha seria um absurdo, só que sob meu ponto de vista este seria o papel do Mestre... Bom, é óbvio que a Montanha da metáfora não era uma montanha real, só que não atingi seu significado, então interpretei mal...

Mas de qualquer forma foi muito bom, pois, mesmo não atingindo a “moral da história”, a metáfora me fez refletir muito sobre o que eu penso sobre ser um Mestre, o que eu busco em um Mestre e que tipo de Mestre eu quero me tornar um dia, assim como que tipo de aprendiz eu sou e como eu acho que um aprendiz deve se comportar.

Então vamos a mais reflexões!
Todos aqui já tiveram vários Mestres pelo caminho, e existem vários tipos de mestres, cada qual com sua didática. Mas os professores que mais admirei sempre foram os que me estimulavam a descobrir as respostas por mim mesma e não aqueles que me davam respostas prontas.
Penso que, independente de qual for sua missão nesta vida, faz parte dela aprender e compartilhar seu conhecimento. Guardar o que aprende apenas pra si é egoísmo. Egoísmo vem de ego, daí eu interpretar a metáfora dessa forma, ou seja, o Mestre que fica do topo olhando e não ensina o aprendiz como ele deve fazer para escalar uma montanha, não está compartilhando conhecimento, portanto está sendo egoísta.

Assim, é fundamental que o Mestre transmita o que aprendeu para que outros possam chegar ao mesmo nível que ele chegou, ou até mesmo ir além. Mas se o mestre apenas ilumina o caminho para que outros o sigam, ele não está ensinando nada.
É preciso que cada um percorra o próprio caminho. Na minha visão, o que um Mestre deve fazer é ensinar a usar as ferramentas necessárias pra isso. Ajudar o aprendiz a encontrar suas respostas, e não entregá-las prontas.
Usando novamente a metáfora de subir a montanha (do ponto de vista literal), se o mestre sobe a montanha, marca a trilha, e fica do alto observando a subida dos demais, ele não ajudou em nada. Apenas mostrou por ONDE subir e não COMO subir.
Para se virar sozinho e percorrer uma trilha na floresta ou subir uma montanha, é importante aprender regras de sobrevivência como: usar uma bússola, se guiar pelo céu, ler uma carta topográfica, identificar plantas e frutos comestíveis e venenosos, saber caçar, saber encontrar água, saber que pedras são mais seguras para se apoiar ou prender suas cordas, entre outras muitas coisas. Se o mestre estiver ao lado do aprendiz e ensinar isso a ele, depois este aprendiz será capaz de percorrer outras trilhas e escalar outras montanhas sozinho. Mas se o mestre vai à frente e deixa tudo pronto para que o aprendiz apenas o siga, este estará sempre dependente do mestre. Nunca será capaz de andar sozinho.
Tem gente que vai dizer: mas e se o mestre só subir, esperar lá em cima, e não marcar o caminho? Aí ele não é um Mestre, é um ponto de referência. Ele mostrou que é possível chegar lá em cima, mas não ensinou o que você precisa saber pra conseguir chegar lá também. Você vai ter que se virar sozinho pra chegar lá.


É claro que se for um guerreiro, vai dar seu jeito e vai chegar também, porém vai demorar muito mais tempo do que se tivesse um Mestre lhe ensinando a usar as ferramentas necessárias pra isso. E talvez só tenha tempo de escalar uma montanha nesta encarnação, ao invés de três ou quatro. Também é óbvio que quem não tiver um Mestre para ensinar nada e conseguir escalar a montanha sozinho terá ainda mais motivos para sentir orgulho de si mesmo, pois, afinal, o mérito da escalada é apenas seu.
Mas aí voltamos à questão do ego... Eu não me importo mais em ter orgulho de mim, de ter o mérito só pra mim por uma vitória. O que eu busco é aprendizado, é conhecimento, é saber. Se a montanha significa conhecimento, quero escalar o máximo de montanhas que eu puder. Então seu tiver quem me ensine a usar as ferramentas necessárias para isso, vou ser muito grata e compartilhar com ele minhas vitórias com gosto!
Há ainda outra questão. Caso o aprendiz esteja em uma escola, seja profissional seja iniciática, seu mérito pessoal (ter escalado uma montanha sozinho sem nenhum tipo de orientação de um Mestre) não servirá pra nada, pois para ter reconhecimento, ou seja, para ser “aprovado” em graus superiores, tem que ter recebido ensinamentos vindo de um Mestre e tem que ser avaliado por este Mestre. Assim, teria que ter subido a montanha APÓS receber orientações do Mestre. Portanto terá que começar do zero.

A minha conclusão disso tudo é que é possível aprender com vários tipos de Mestre, pois, afinal, o aprendizado depende muito mais do aprendiz querer aprender do que do Mestre querer ensinar, porém é importante que o Mestre transmita seus conhecimentos e não os guarde apenas pra si... E também creio ser mais interessante aprender nas diferenças, portanto é importante para o aprendiz questionar, discordar quando achar que deve, pois creio que nenhum Mestre de Verdade quer como discípulos macacos de auditório que batem palmas para tudo que o apresentador fala, por isso sempre me sinto a vontade para expor minha opinião. Acredito que as divergências só enriquecem! 
Afinal, aprendemos na diferença!
Até porque quando você fala e alguém concorda, pronto, acabou o debate. Você mata seus argumentos, pois não há mais nada a argumentar. Mas quando alguém questiona, você precisa buscar suas justificativas. Aí é que fica interessante, porque às vezes você descobre que não as têm!!! Que simplesmente acreditava nisso por acreditar, por conveniência, por comodismo, por cultura. Já vi algumas crenças minhas caírem por água abaixo quando eu precisei justificá-las e vi que elas não tinham raízes profundas, às vezes nem raízes tinham! E os argumentos do outro eram bem mais coerentes, assim evoluí minhas opiniões. Por isso que sempre questiono tudo e gosto de ouvir as opiniões alheias, por mais absurdas que elas pareçam ser!
Se você tem um Mestre, saiba que é importante ter respeito à hierarquia dentro do caminho que segue, porém isso não significa que não deva questionar quando houver dúvida ou discordância de pensamento ou crença. Se não houver essa liberdade não haverá aprendizado e sim lavagem cerebral!


Por pensar assim que passei a escolher lugares e Mestres que nos dão liberdade para questioná-los, para debatermos, argumentarmos e onde não se esconde conhecimentos. É claro que alguns saberes teremos a hora certa para aprender, porém o que é possível os Mestres vão nos ensinando de acordo com nossa evolução!

Já tive muitos Mestres e sou grata a todos eles, do mais rabugento ao mais companheirão! Mas pense bem e compare! Muitas vezes o professor mais amigão que você teve, se te perguntarem, talvez você nem lembre que matéria ele lecionava! Enquanto outro que era “um mala exigente” foi o que mais te fez aprender. Então sempre sejamos gratos a todos os Mestres que cruzarem nosso caminho! É o mínimo que podemos fazer. E não se feche, aprenda! Pois sempre terá algo a aprender, com todo tipo de Mestre! 

Outra conclusão que cheguei é que não existe Mestre perfeito (e muito menos aprendiz perfeito!) e que nem sempre vamos aprender tudo com apenas um Mestre, pois nenhum Mestre sabe tudo. E que bom por isso! Assim vamos construindo nosso próprio caminho, nossa própria coletânea de saberes... Não fosse assim seríamos apenas clones de nossos Mestres...
Afinal, como já dizia Aristóteles: "O verdadeiro discípulo é aquele que supera o Mestre".
Além disso, creio que estamos aqui é para aprendermos a nos tornar Mestres de nós mesmos.

Ah, e voltando a metáfora , a pessoa que postou depois me explicou seu real significado:
“O mote real desta história passa muito longe, mas muito longe mesmo, da relação interpessoal aluno-professor, que foi para onde a maioria das pessoas levou o assunto, de forma equivocada. Esta é uma metáfora sobre CLAREZA, em essência. É sobre a CLAREZA que temos de ter ao longo de nossa existência para adquirir SABEDORIA através do conhecimento. Esse é o subir a montanha. É disso que a metáfora fala. Cada passo da caminhada representa a consciência que é conquistada e o esforço da subida é o poder pessoal sendo trabalhado e aumentado, te fazendo ir além. E uma vez adquirida à clareza, não há como, nem por que ‘descer a montanha’. Sua visão de mundo terá mudado, ela é mudada a cada passo. Quem conquistou consciência esta sim no topo da montanha e isto em nada tem a ver com superioridade, tem a ver com enxergar o mundo com um olhar diferenciado. Não adianta mostrar a beleza da paisagem a quem esta cego. E também não se irá fechar seus olhos porque o outro não vê. E por fim, não dá para dizer que se caminha lado a lado, porque ambos veem coisas distintas. E esta não é uma ‘interpretação’ do texto, essa é a essência dele, coisa pela qual todo bruxo deve buscar. Os obstáculos do caminho, entre outras coisas, são as ilusões que nos desviam, ilusões essas que nos fazem voltar a atenção para um foco errado, a mente que mente e que faz parecer tão real, mas tão real que caímos no abismo sem perceber levados pela zona comum, pelo julgamento raso, pelo pensamento viciado pelo hábito. Gosto deste exemplo da montanha exatamente porque no geral as pessoas ‘interpretam’ a história, mas não buscam a essência dela, debatem a superficialidade achando que estão sob a luz da compreensão quando em realidade não captam a moral da história, sequer se aproximaram do que deveriam ter percebido. Parecem crianças disputando um brinquedo, tentado debater sobre ego e não são profundas para captar o que esta além do figurativo da história. E na vida, quantas vezes não fazemos mesma coisa, achando que estamos fazendo algo importante? Um bruxo tramita entre mundos para conhecê-los e, por ter visto muitas coisas, adquire clareza”.

Bom, independente de ter ou não captado a essência do texto, continuo achando que o papel do Mestre é ensinar e não seguir na frente. Sendo a montanha a "clareza", ainda assim se é um Mestre, e atingiu a clareza, seu papel é orientar seus discípulos para que conquistem o mesmo, e não ficar de longe observando.


Enfim, espero que estas reflexões sirvam para novas reflexões, tanto de aprendizes como de Mestres. Nós, como aprendizes, devemos saber o que estamos buscando. Devemos manter a mente aberta para enxergar além das entrelinhas e sair da nossa visão restrita. Devemos questionar e procurar seguir nosso próprio caminho, não apenas seguir o do Mestre. E creio que um Mestre deve estimular isso em seus aprendizes. Ensiná-los para que possam se guiar sozinhos. Essa é minha visão enquanto aprendiz...
Espero não ter ofendido e nem magoado ninguém, afinal foi tudo apenas uma questão de interpretação e ponto de vista. Alguns têm capacidade de enxergar mais além, outros ficam mais limitados, porém todos tiram algum proveito de suas interpretações, pois a partir do momento que são interpretações significa que houve raciocínio! ;)

Bjs!

Giselle Keller
;)