terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Minhas Curas através do Xamanismo - 3 - Conclusões

Só nos curamos quando aceitamos que temos um lado sombra e que precisamos olhar pra ele, aceitá-lo e amá-lo. Sem isso, não há cura, pois sem amar suas sombras você é não é inteiro, e se não é inteiro está doente.


Chamo de sombras toda característica que temos e está mal trabalhada, por isso muitos chamam de defeitos. Não gosto desse termo “defeito”. Ninguém tem defeito. Somos todos seres perfeitos! O que temos são características que nos fazem únicos. O que acontece é que muitas vezes não aceitamos algumas destas características e as escondemos de nós mesmos (ou achamos que estamos escondendo). Por ficarem mal trabalhadas, acabam virando más qualidades... Estas são as nossas sombras. Nossas qualidades ou características que não queremos aceitar e tentamos esconder. Nisso desenvolvemos doenças, inclusive mentais. Desenvolvemos inveja, ódio, rancor, agressividade, auto piedade, depressão... E só curamos isso encarando nossas sombras, aceitando essas características e transformando essas más qualidades em boas qualidades. Usando-as em nosso benefício.


Assim, o que pude concluir em todo este processo de cura que passei, relatado nas duas postagens anteriores, é que toda doença ou sintoma que apresentamos no físico é um reflexo de problema no emocional e/ou mental, e nosso inconsciente sabe. Como não queremos assumir este problema (sombra) conscientemente, nosso inconsciente cria um reflexo deste problema em nosso físico, para que possamos lidar com ele de alguma forma. Quanto mais negamos esta sombra, mais os sintomas ou as doenças se agravam.


No caso da minha coluna, a explicação que encontrei para ter desenvolvido este problema é que eu não estava deixando minha energia fluir livremente, em especial a minha mediunidade. Como já escrevi em relatos anteriores aqui no blog, eu nasci com um dom muito forte, uma mediunidade linda. Sempre vi seres astrais com grande nitidez, me comunicava livremente com eles, via a aura das pessoas, plantas, animais, pedras e objetos, tinha visões e sonhos premonitórios. Só que, como eu achava isso normal, comentava com as outras pessoas o que via ou que previa, e todos ficavam apavorados, me chamavam de maluca, esquisita... Fui me sentindo rejeitada, diferente (pejorativamente) e deprimida. Com o tempo, parei de contar o que eu via e fui acreditando que eu não devia ver ou ouvir “essas coisas”, que isso não era uma “coisa boa”. Com isso, bloqueei minha energia e meu dom. Nossa energia flui pelo mesmo caminho da coluna. Com o bloqueio, fiz com que essa energia não conseguisse mais fluir normalmente, então minha coluna “entortou”... Desenvolvi a escoliose e, com ela, as dores de coluna, para me lembrar que havia um bloqueio ali. Energia parada, estagnada, querendo fluir onde havia uma obstrução. E isso dói.




Além da mediunidade, também reprimi minha energia sexual. Eu me tornei uma mulher muito bonita, após passar por uma fase de patinho feio no começo da adolescência, e sempre fui muito alegre, comunicativa, além de ter o magnetismo especial que toda bruxa tem (e isso faz parte do meu dom). Isso me fazia ser muito atraente e sempre chamei muita atenção, até mais do que amigas que eram mais bonitas que eu. Só que tudo isso causava inveja de muita gente, e eu sempre recebia reprimendas e críticas por ser como eu era. Falavam que eu era oferecida, “dada”, vulgar, puta... E olha que me mantive virgem até quase completar 18 anos! A questão é que eu namorava muito e era volúvel, cobiçada... Trocava de namorado todo mês! Mas o que tem de errado nisso? Eu me sentia livre e queria curtir a vida. Mas fui reprimida por isso e permiti que essa repressão bloqueasse ainda mais minha energia e quem eu era. Com isso, minha coluna só piorou e as dores aumentaram e foram aumentando ainda mais ao longo dos anos. 


Afinal, eu era mais e estava sendo muito menos... Estava querendo ser aceita e tentando me enquadrar num molde onde eu não cabia. Me entortando para caber...


Essa energia, esse dom, meu magnetismo são parte de mim. A negação disso criou a doença e as dores eram meu lembrete. A cura veio quando comecei a me aceitar em plenitude e voltei a resgatar meu dom. E isso só veio após a libertação que obtive através das experiências com a Ayahuasca e o Tabaco. Só quando resolvi deixar minha energia fluir livremente de novo. Então pude curar minha coluna e remover os bloqueios que eu mesma criei. Só que os bloqueios eram tão densos, que só com ajuda do astral foi possível removê-los! Gratidão por ter recebido essa ajuda divina!




Ainda há bloqueios a serem removidos, sei que só comecei a caminhar e que ainda preciso encarar outras sombras e jogar luz sobre elas. 


No caso da minha coluna foi assim. Eu não aceitava as qualidades que eu tinha e as transformei em qualidades ruim. O bloqueio e a não aceitação se transformaram numa doença e essa doença me fazia ter inveja de outras pessoas que não sentiam as dores que eu sentia e me fazia sentir pena de mim mesma, e muitas vezes me fazia sentir raiva. A raiva, em especial, eu sentia quando via pessoas livres sendo elas mesmas! Elas me serviam de espelho, mostrando como eu devia estar e não estava, então sentia raiva delas, falava mal delas, igualzinho faziam comigo quando eu era livre. Além disso, a não aceitação de mim mesma me fez entrar em crises horríveis de depressão. A ponto de algumas vezes querer me matar (uma destas vezes por pouco não o fiz).


Associado a tudo isso, ainda havia o meu problema com meu feminino, já relatado na postagem anterior. Outra energia (a mais importante) bloqueada. Era muita coisa travada... E o feminino, que é a maior força de uma mulher, bloqueado, me impedia ainda mais de ser eu mesma. Então tome-lhe de dor na coluna e tome-lhe infertilidade... A força de uma mulher está no útero. E meu útero estava seco por séculos. Eu vinha, até então, vivendo com foco no mental, deixando o emocional/afetivo nas sombras. Era sobre isso que eu mais precisava lançar luz. E quando se está no escuro por tantos séculos, ao ver a luz a dor nos olhos é absurda! Por conta disso, todo esse processo de cura tem me trazido um efeito colateral, que é uma fotofobia grave. 


Estou precisando intensificar este processo, pois nos últimos dois anos eu comecei a assumir inúmeros projetos de trabalho e deixei o mergulho pra dentro de mim mesma estagnado... Com isso, minha fotofobia só veio se agravando, me lembrando que preciso continuar a iluminar minhas sombras, pois ainda há muito que enxergar e transformar em qualidades boas! Hoje cheguei a um ponto que não consigo mais dirigir a noite, por conta dos faróis dos outros carros que me cegam, e nem de dia se estiver um sol forte, pois a claridade em excesso também me cega.


É um sintoma que desenvolvi para me lembrar que preciso continuar a iluminar minhas sombras, que o processo ainda não acabou. Tanto deixei minhas curas de lado que até hoje não tinha escrito este texto aqui!


Enfim, continuando com minhas conclusões, vejo nitidamente hoje o quanto a gente se chicoteia para nos fazer enxergar e iluminar nossas sombras... Quanto mais uma pessoa sofre, mais sombras ela têm e não quer enxergar. E mais ela precisa de ajuda... Mas ajuda nenhuma adianta se ela não quer enxergar. E eu não queria enxergar. E continuo não querendo aprofundar em certas áreas, daí essa fotofobia absurda que desenvolvi...




Logo depois que escrevi o texto anterior deste blog, eu me dei um tempo para refletir e só depois iria escrever este texto aqui. Eu acreditava que iria engravidar logo e queria escrever de novo quando estivesse grávida! Só que isso não aconteceu. Então, no fim de 2015, resolvemos tentar a inseminação artificial. Logo na primeira tentativa eu engravidei, mas perdi em seguida, pois meu útero desenvolveu uma reação alérgica ao diluidor do sêmen. Só fui descobrir isso meses depois! E passei mais 6 meses em tratamento até curar novamente meu útero! Por conta disso tive que me submeter a três exames em centro cirúrgico, sob anestesia, pois meu colo do útero é todo fibrosado e o exame não pode ser feito sem anestesia (vídeo histeroscopia). Ficou claro pra mim que não há atalhos no meu caminho... Tem que ser tudo natural, no seu tempo. 


E isso tem sido um processo de cura não só pra mim, mas principalmente para meu marido, pois por conta da pressão psicológica e emocional de termos que ter relações num período exato do meu ciclo ele se sente bloqueado e não consegue... E se ele não consegue, não engravido... Agora estamos juntos passando por curas. Sempre fui muito ansiosa, e aprender a não deixar isso me abalar e a não deixa-lo ansioso e pressionado, tendo contra nós meu relógio biológico (afinal estou com 46 anos!) tem sido um gigantesco aprendizado. E tem nos unido ainda mais, o que é o oposto do que geralmente acontece entre os casais, pois acaba um cobrando do outro, culpando o outro, e afastando um do outro. Em nosso processo, tem sido ao contrário. Estamos aprendendo ainda mais um sobre o outro, a nos respeitarmos e nos amarmos cada vez mais. E isso é uma cura enorme!



Meu marido já esteve comigo em uma vida passada, onde fui obrigada a me casar com ele, por conta de acordos familiares. Ele foi um marido muito bom pra mim, e eu uma péssima mulher. Nem assim ele “me devolveu”. Teve muita compreensão e paciência comigo. Me amou acima de tudo. E nesta vida ele é mais que um marido pra mim. É meu guardião. Ele cuida de mim com tanto amor que me sinto a mais agraciada das mulheres! Todo esse processo que estamos passando é de um aprendizado imenso! E tudo fundamentado no amor. Hoje já sabemos e aceitamos que se não pudermos ser pais biológicos seremos pais mesmo assim, pois podemos adotar crianças. E isso nos faz felizes! Talvez esse seja o ponto crucial da minha cura do feminino. Ser capaz de amar um filho mesmo não tendo nascido do meu ventre. Isso faria de mim uma mãe em sua plenitude! Mãe por opção, por amor.



Como veem, ainda há luz a ser jogada sobre minhas sombras, então meu processo continua. Escrever este texto e aceitar estas descobertas foi mais um passo dessa cura.


Minha coluna e meu pé já não doem mais e minha energia agora segue fluindo livremente! E isso foi uma conquista gigantesca! Gratidão por todo auxílio que venho recebendo nesta caminhada! Gratidão às Medicinas, aos Mestres, ao meu Marido e à Mim mesma, por me permitir mergulhar tão fundo!


Giselle Keller

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Minhas Curas através do Xamanismo – 2 – Minha Fertilidade




Enfim, vamos ao relato da maior cura que já alcancei, pois é uma cura que vem sendo trabalhada em muitas vidas.

Mas antes de chegar ao problema em si preciso relatar parte de minha vida amorosa até lá, para que possam compreender todo o processo!

Passei por toda essa encarnação, até os meus 29 anos, sem a menor vontade de me casar ou ter filhos. Na verdade, eu sempre corri de compromisso...

Me apaixonei várias vezes, porém quando a coisa começava a ficar séria, eu fugia. Fui pedida, até então, sete vezes em casamento! Mas eu não conseguia nem pensar em dividir minha vida com alguém...

Então, do nada, minha vida que sempre foi de muita farra e diversão, mesmo com todas as dificuldades financeiras que tive que enfrentar, perdeu totalmente a graça.

Eu, enfim, conclui que tudo isso era uma enorme perda de tempo, e que eu precisava me abrir de verdade para outra pessoa. Mas descobri que eu tinha um medo enorme de me abrir. Era uma necessidade que eu tinha, apesar de não compreender.

Voltando um pouco no tempo, é importante para compreensão final de toda a história revelar aqui que, aos 19 anos, eu tive uma paixão enlouquecedora, por um homem que era o verdadeiro príncipe encantado dos sonhos de qualquer mulher. Na época, eu fiquei meio tonta, porque se levasse o romance adiante eu teria que abrir mão de sonhos profissionais, pois a profissão que este príncipe iria seguir me impediria de criar raízes em um país e ter uma profissão. Porém levaria uma vida de princesa!

Foi então que meu guia espiritual (um Guardião que me acompanha desde sempre, e hoje compreendo a ligação que temos – explicarei mais a frente no texto) veio a mim e me informou que eu estava em um momento de decisão. Que nesta vida havia me sido dada a chance de escolher entre dois caminhos. Se eu seguisse com o romance, me casaria e seria imensamente amada e feliz. E essa era uma experiência pela qual eu precisava passar. Se optasse por não seguir adiante com o romance, eu passaria por uma vida de muita provação, muitos testes difíceis, mas que se passasse em todos os eles eu poderia ser premiada no fim com um novo amor.

Na época eu nem pensei duas vezes, e escolhi a vida de provações, pois eu tinha uma necessidade inexplicável de evoluir espiritualmente.

Foi um teste, e eu não passei, como irão perceber mais a frente.

Para a questão que vim resolver nessa vida, e eu já vinha a algumas encarnações tentando resolver a mesma questão (sem sucesso, como irão ver ao longo do texto), seria muito mais fácil se eu tivesse optado pelo caminho do amor.

E foi como meu Guardião disse... Dali para frente a minha vida foi de muitas provações... Muitas! Qualquer passo errado que eu tivesse dado ao longo destes 9 anos de provações teria me levado a uma vida totalmente diferente hoje! Mas isso não vem ao caso agora.

Então, com 29 anos, senti essa necessidade latente de me abrir para alguém, me mostrar de verdade. Foi então que sonhei com um homem que eu nunca havia visto. O vi em um lugar cheio de árvores e alguns cavalos. Me apaixonei por esse homem, senti um amor muito forte, um reconhecimento de alma. Só que eu sabia que ele morava em algum lugar no interior, e seria muito difícil a gente se encontrar.



Na mesma semana eu ganhei um computador usado e fiz uma assinatura de internet. Como eu estava bem cansada da vida de gandaia e estava fazendo trilhas em matas e florestas sozinha por aí, fiz meu perfil em alguns sites para conhecer pessoas que gostassem das mesmas coisas que eu, pois meus amigos de sempre não curtiam nada de vida rural.

No fundo eu tinha esperança de encontrar o homem com quem eu havia sonhado.

Passado alguns meses, comecei a me corresponder com um homem maravilhoso, e passávamos horas e horas ao telefone conversando e também por e-mail. Eu sabia que era ele. Cheguei a descrevê-lo a ele pelo telefone, e ele ficou assustado, pois a descrição era perfeita. Ele, então, me mandou uma foto, e pude comprovar que era mesmo ele!

Começamos a namorar e logo ficamos noivos! Oitava vez pedida em casamento, só que dessa vez eu aceitei! E me mostrei a este homem como nunca havia me mostrado a ninguém.

Foi então que tudo começou...

Eu tinha tomado pílula anticoncepcional a minha vida inteira, e nunca tinha tido problema de peso. Mas foi só parar para que eu começasse a engordar.

Eu parei a pílula porque, como íamos casar, e achei que era melhor deixar meu corpo começar a funcionar direito, e meus hormônios pudessem se ajustar, já que, agora, eu queria ter filhos!

Então procurei um endocrinologista para emagrecer, e descobri que eu tinha ovários policísticos... Isso trazia problemas para minha fertilidade. E, para emagrecer, o ideal era voltar a tomar pílula, pois o melhor tratamento para ovários policísticos é a pílula...

Mas eu queria ter filhos, então não voltei a tomar.

Esse foi o primeiro teste que tive que passar, um teste simples, mas foi o primeiro. Afinal, sempre fui muito vaidosa, e ficar gorda era o fim!

Em seguida, ao fazer um preventivo (exame ginecológico), foi diagnosticada a presença de células displásicas. Fui a um especialista, e ele me recomendou a remoção do útero, pois o risco de câncer de colo do útero era grande. Meu mundo veio abaixo. Mas não aceitei e fui a outro especialista, e a outro, e a outro! Todos diziam o mesmo: retirar o útero.

Continuei não aceitando.

Então me recomendaram uma especialista particular, cuja consulta era bem cara! Mas dei meu jeito e fui. Ela fez exames mais minuciosos e disse que havia uma chance de removermos apenas o tecido que apresentava lesões (decorrentes de HPV, que tive aos 18 anos), que estavam no colo do útero e em parte da parede do útero.

Minha mãe pegou até empréstimo no banco na época pra me ajudar, e pude fazer a cirurgia, que foi um sucesso! As lesões foram para biópsia e o resultado deu NIC 1 (displasia leve), portanto ainda nem era tão grave! Mesmo assim passei semanas em tratamento depois, para que o tecido da região, que foi removido, se recuperasse. Mas deu tudo certo!

Esse foi o segundo teste. Não aceitar remover meu útero.

Claro que até hoje eu preciso fazer exames e preventivos de 6 em 6 meses, vigiando o colo e o útero, mas tudo tem se mantido bem!

Então o dia do casamento chegou! E os meses foram passando, mas eu não engravidava. Minha médica me passou remédios para tomar, para estimular minha ovulação, pois eu não ovulava devido aos ovários policísticos. Acompanhei por alguns meses o tratamento com os remédios e com ultrassonografia, mas ainda assim eu não engravidava... Só engordava cada vez mais...

Então procurei um médico especialista em fertilidade, e ele me pediu um exame para verificar as minhas tubas uterinas (vídeo-histerossalpingografia).

Foi então que meu mundo veio abaixo, de novo.

Uma das minhas tubas uterinas era estenosada (fechada) e a outra estava totalmente fora do lugar, retorcida, e virada para cima, de forma que o óvulo não tinha como entrar por ela e chegar ao útero. Enfim, por vias normais eu não teria como engravidar...

Na época, eu meu marido não ganhávamos o suficiente para bancar um tratamento de fertilização in vitro, portanto era o fim da linha.

Era o terceiro teste, e neste eu cai. Desisti de ser mãe, pois não consegui ver outra saída.

Então voltei a tomar pílula e tratei de recuperar o meu corpo com dieta. Em poucos meses eu emagreci 40 quilos e voltei a ser a mulher linda que sempre fui.

Mas não estava feliz.

Então, comecei a refletir sobre tudo isso, sobre por que eu não podia ser mãe, já que, nesta vida, eu não achava justificativa para esse impedimento. Tenho memória de algumas vidas passadas e sei que, em uma delas, eu tinha grande conhecimento de ervas e ajudei muitas mulheres a fazerem abortos. Eu mesma devo ter feito alguns, apesar de não lembrar disso. Então achava que poderia ser por conta disso. Passei a meditar muito, tentando resgatar se era essa ou alguma outra vida passada o motivo, mas nada vinha a minha mente ou a meu coração. Pedia ao meu Guardião a resposta, mas ele não apareceu mais.

Pedi permissão ao Divino para, mesmo sem saber o motivo de não estar sendo permitido, poder ser mãe. Pedi perdão seja lá pelo que fosse e pedi que me curasse, e comecei a emanar energia para o meu útero com minhas próprias mãos.

Um ano e meio depois eu voltei ao médico e pedi para refazer o exame.

Minhas tubas uterinas estavam perfeitas!!! Nem acreditei!

Agora eu podia engravidar por vias normais! Foi meu primeiro milagre!

Então, demorei um pouco, mas venci também o terceiro teste! Acreditei que podemos nos curar, seja qual for a doença ou impedimento físico! E me curei!

Começamos a tentar engravidar por vias normais, só que, por parar a pílula, comecei a engordar de novo... E isso me desanimou. Mas se o preço que eu tinha que pagar era ficar gorda por algum tempo, eu pagava. Só que o acompanhamento ultrassonográfico das tentativas de engravidar mostraram que eu não ovulava...

Paralelo a isso tudo, meu marido havia progredido bastante no trabalho e poderíamos fazer um tratamento de transferência de embrião.

Então acabamos optando por não esperar mais e fazer um tratamento de transferência.

Logo que começamos, por conta dos hormônios que eu tive que tomar, eu engordei mais ainda... Tentei ignorar e me aceitar mesmo gorda, me achar bonita, e isso foi difícil.

Neste mesmo período eu havia começado a frequentar rituais onde consagrava a ayahuasca, em SP (cujas experiências estão relatadas em várias postagens anteriores neste blog), e foi só então que meu processo de cura começou a se apresentar por completo. Meu Guardião voltou a conversar comigo e me ajudar em minha busca espiritual. Porém, neste local que eu estava frequentando eu fui vampirizada por muito tempo, e isso atrapalhou demais a minha capacidade de engravidar e me atrasou muito. 
Durante este período (18 meses), eu e meu marido fizemos 5 tratamentos de transferência de embrião, e nenhum deu certo... 
Mas, não quero reclamar de nada, afinal este período também me trouxe muitas descobertas sobre mim mesma, coisas que eu precisava enxergar.

Enfim, a própria ayahuasca me mostrou que eu precisava sair daquela casa que estava frequentando e me guiou até outra, em Niterói – RJ, onde ela me disse que eu encontraria a minha cura. Já relatei isso em postagem anterior: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2013/12/mudanca-de-casa-e-expansao-da.html

Nesta casa nova, onde fiz amigos que mantenho e terei para a vida toda, conheci o Xamã Boliviano Carlos Prado, que fez em mim um tratamento de limpeza e me revelou que eu tinha uma cura de alma muito grande para conquistar, que vinha de vidas passadas, e era a razão pela qual EU HAVIA BLOQUEADO A OPÇÃO DE SER MÃE. Que minha cura física estava bem próxima, mas a de alma eu ainda teria que trabalhar mais um pouco. Ele também me deu uma mistura de ervas para tomar por um mês, que regularia os meus hormônios. Em seguida a este atendimento, que mexeu demais comigo e com minha energia, eu participei de um ritual de cura nesta casa, e foi onde muitas revelações começaram!

Neste ritual eu fui levada, no astral, a uma tribo norte americana, onde eu vivi em encarnação passada, e dancei muito com a tribo, em um ritual de celebração! Foi muito forte e lindo!!! Num dado momento, a Rainha Ayahuasca surgiu do meio da floresta, com um bebê no colo, um menino, e me entregava ele. Me dizia que eu estava curada! Desabei num choro convulsivo, muito forte! Eu sentia o meu filho no colo, sentia seu cheiro, sentia o amor incondicional de uma mãe! Foi lindo demais! Fiquei por muito tempo com meu bebê o colo, até que ele foi entrando na minha barriga e eu o senti dentro do útero. 



Saí daquele ritual totalmente extasiada!

Comecei a tomar a mistura de ervas que o Carlos Prado me deu, e imediatamente parei de engordar e comecei a emagrecer. Nem acreditei! Meus hormônios estavam regularizando mesmo! No ciclo lunar seguinte, quando entrei no período fértil, senti uma dorzinha na localização anatômica do ovário esquerdo, e achei que poderia ser uma ovulação! Corri ao médico e pedi para fazer um ultrassom e foi comprovado! Eu havia ovulado pela primeira vez na vida, por vias normais, sem tomar nenhum hormônio!!! Chorei de me acabar! Senti tanta, mas tanta gratidão à Ayahuasca e ao Xama Carlos Prado, que foi quando senti, pela primeira vez, o real sentido de ser verdadeiramente grato! É algo inexplicável!

Mas, como descrevi no relato anterior que citei mais acima, eu ainda estava presa à casa que eu frequentava em SP e acabei indo em mais um ritual lá.

Meu ciclo lunar poderia estar atrasado (até então ele não era regular, então eu não tinha como saber), e eu estava com alguns sintomas que poderiam indicar gravidez, só que não tinha me dado conta disso. Me dei conta no dia da viagem pra São Paulo, e não tive como fazer o exame, pois estava atrasada. Deixei pra fazer na volta.

Lá, durante o ritual, sofri ataques astrais o tempo todo, e inconscientemente eu sabia que era o Mestre da casa me atacando, porque eu havia burramente contado que poderia estar grávida!

Mas quando cessaram os ataques eu finalmente tive a vivência mais incrível de todo o meu caminho até agora!

Meu Guardião, meu Xamã, veio conversar comigo e revelou quem ele realmente é!

Agora vamos a uma linda e triste história de amor...

Meu Guardião sempre esteve ao meu lado, a vida toda, cuidando de mim, me ajudando a me encontrar e me questionando sempre que eu me sentia perdida, fazendo com que eu encontrasse dentro de mim mesma as respostas. Eu lembrava dele me auxiliando em vidas passadas também (como já relatei em uma postagem mais antiga aqui no blog), portanto sabia que ele já me acompanhava do astral há séculos. Tínhamos uma ligação muito forte, mas até então eu acreditava que ele era como um anjo da guarda pra mim. Só que não. Era muito mais do que isso.

Nesta vivência, minha ultima em SP, quando meu Xamã se mostrou pra mim estava com a aparência de sempre, usando seu cocar de penas brancas e marrons, aparentando uns 50 e poucos anos, porém começou a rejuvenescer e assim foi até voltar aos seus 20 anos. E eu o reconheci. E veio a minha mente uma avalanche de recordações daquela vida passada, vivida em uma tribo norte americana, na região do Arizona, bem próximo ao Grand Canyon. Era uma tribo pequena, mas muito unida. Ele era o filho mais velho do chefe da tribo (cacique) e o melhor entre os guerreiros. E o mais lindo. Éramos completamente apaixonados um pelo outro!

A avalanche de recordações e sentimentos que veio me levou a outra vida passada, anterior a esta norte americana, onde nós dois vivemos o amor mais lindo do mundo, na região do Havaí, na tribo dos Kahunas. Foi uma vida perfeita!

Então voltei à tribo norte americana, onde revi tudo que aconteceu naquela encarnação...

Nós havíamos acabado de nos casar, e por conta disso ele não saiu para caçar com os demais guerreiros da tribo. Nesta caçada, os guerreiros, entre eles seu irmão, encontraram com um grupo pequeno de guerreiros de uma tribo inimiga, e guerrearam. Um dos nossos acabou por matar o filho do cacique da outra tribo. Quando eles voltaram, os anciões do nosso povo perceberam logo a insensatez. A tribo inimiga era muito maior que a nossa, e matar o filho do cacique era uma declaração de guerra e não teríamos como nos defender. Até então mesmo sendo inimigos, vivíamos em um acordo de paz. Agora, a invasão deles em nossas terras era iminente. E seríamos massacrados.

Os anciões se reuniram e meu marido pediu para unir-se a eles. Passaram horas na tenda decidindo o que fazer, e todos nós de fora estávamos angustiados.

Quando finalmente terminou, meu marido veio até mim, me abraçou forte, beijou e disse que me amava, que eu não me preocupasse que tudo ficaria bem. Dito isso, saiu junto com seu irmão e outros guerreiros da tribo, inclusive o que matou o filho do outro cacique.

Só quando o grupo voltou, de cabeça baixa e sem o responsável pela morte do rapaz e sem o meu marido é que me dei conta do que tinha acontecido...

Meu marido decidiu oferecer sua cabeça e a do guerreiro que matou o filho do cacique em troca de manter a paz entre as tribos. E a outra tribo aceitou.

Eu quis morrer.

Fiquei muito revoltada! Odiei o que ele fez, pois eu achava que ele deveria ter fugido comigo. Sim, fui egoísta!

Então, após alguns dias de sua morte, em um ritual feito em homenagem a seu feito, ele apareceu pra mim, sobre a fumaça da fogueira. Foi quando senti algum alento, pois o que ainda me segurava era saber que, em outra vida, iríamos nos reencontrar. Ao vê-lo, soube que isso realmente iria acontecer!

Só que não.

Foi onde o mundo desabou pra mim.

Ele me disse que eu deveria seguir minha vida e ser feliz, buscar um novo amor, pois ele não encarnaria mais. Sua missão agora era no astral. Que eu deveria deixa-lo partir e não pensar mais nele como meu amor físico. Que ele sempre estaria comigo, me protegendo e cuidando, até que eu também não precisasse encarnar mais.

Eu quis morrer mais ainda. Quis e passei dias tentando me matar. A família do meu marido sempre me impedia, e colocaram seu irmão para cuidar de mim, e passou a ser sua tarefa me vigiar o tempo todo.

Eu fiquei muito doente, pois não comia.

Foram semanas, meses, vivendo nesta angústia sem fim.

Até que virei um zumbi.

Quando eles passaram a confiar em mim, vendo que eu não iria mais me matar, eu fugi para a floresta e passei dias lá, tentando fazer meu marido entrar em contato comigo. A tribo inteira estava me procurando, e eu sabia que logo iriam me encontrar. Eu não queria mais me matar, pois sabia que se fizesse isso iria regredir em muito a minha evolução, pois seria uma morte indigna. E minha meta agora era evolui a qualquer custo, aprender tudo que eu tinha para aprender até não precisar mais encarnar. Era o que me restava.

Foi então que eu fiz a maior das merdas que eu que poderia fazer em todas as minhas encarnações! Talvez, se eu tivesse me matado, as consequências tivessem sido melhores...

Peguei uma pedra mais afiada e fiz um corte nas palmas das minhas mãos.

Enfiei as mãos na terra e fiz um pacto.

JUREI QUE NUNCA MAIS EU AMARIA HOMEM ALGUM, QUE NÃO TERIA FILHOS COM OUTRO HOMEM E NÃO CONSTITUIRIA FAMÍLIA, EM NENHUMA OUTRA ENCARNAÇÃO MINHA.

Ao lembrar de tudo isso eu voltei para a sala onde eu estava, no ritual de SP. Meu Xamã ainda estava ali, comigo. Chorei copiosamente, como nunca chorei em toda minha vida. Me aninhei nos braços dele e fiquei ali, meio no físico meio no astral, no colo do meu Guardião. Então ele me explicou que sempre, desde então, ele tem estado ao meu lado. E foram muitas encarnações, onde eu sempre tinha a chance de vencer o pacto que fiz, mas não conseguia. Mas que nesta agora eu venci! E só após conseguir amar outro homem de verdade e querer ser mãe acima de tudo é que todo este passado pode me ser revelado.



Sim, agora eu estou curada de verdade!

No dia seguinte, voltei pra casa ainda em estado de choque com toda essa revelação. Comprei o teste de gravidez para fazer, mas senti cólicas fortes durante o dia e a noite comecei a sangrar, então nunca vou saber se estava grávida e perdi por conta dos ataques sofridos durante o ritual, ou se não estava... Talvez seja mesmo melhor nem saber.

Nos dias que se passaram, após esta vivência, eu entrei num processo de reativação de memória de vidas passadas, e era só me encostar em qualquer lugar para relaxar que eu entrava em transe e lembranças de várias outras vidas começavam a vir como cascata!

Finalmente todas as peças do quebra cabeças da minha vida estavam se encaixando! Tudo foi ficando muito claro pra mim! Desde aquela encarnação eu venho encarnando apenas como mulher, sempre desenvolvendo enormemente meu mental, mas meu sentimental/amoroso foi deixado de lado. Eu não me casava, não tinha filhos, sempre me engajava em alguma causa, sempre estudando muito...

Mas sobre essas conclusões vou falar na próxima postagem. Inclusive sobre meu marido nesta encarnação ter sido um homem importante pra mim em outra encarnação passada e sobre uma mudança na aparência da Rainha Ayahuasca, em como ela passou a aparecer pra mim.

Voltando ao relato, nos meses seguintes eu passei uma fase de terror, sofrendo inúmeros ataques, como já relatei neste blog (postagens que explicam minha saída da casa de SP), mas uma coisa boa no meio disso tudo estava acontecendo, que era o fato do meu ciclo lunar estar plenamente regularizado, meus hormônios funcionando perfeitamente e meu peso ter estabilizado (não voltei ao meu peso normal, mas parei de engordar e emagreci quase 10 kg).

Eu havia começado a fazer um curso sobre Medicinas da Terra, com uma Xamã em Petrópolis, e tomei um remédio natural que eu mesma fiz um pra mim, à base de sálvia, e esse remédio também ajudou muito a manter meu ciclo funcionando certinho! Tomei por dois meses, no começo deste ano, e desde então meu ciclo está um reloginho! Tenho feito exames periódicos e minhas taxas hormonais estão como de uma mocinha de 20 anos!

Neste curso de Medicinas da Terra eu participei de dois Temazcais, e no segundo eu recebi, ao entrar na tenda, a orientação do meu Guardião para que eu me colocasse no fim da tenda, bem de frente ao fogo, pois a linha que o fogo fazia com o centro da tenda era uma linha de cura e fertilidade, e essa energia seria canalizada pra mim. Assim eu fiz! E foi um Temazcal muito intenso, de vivências fortes, muitas visões e símbolos!

Um mês depois eu desconfiei que estava grávida. Quando fiz o exame e deu positivo eu quase caí dura pra trás! EU ESTAVA GRÁVIDA!!!! 
Foi, até hoje, o dia mais feliz da minha vida! Chorei muito, porém, lá no fundo, eu sentia que tinha algo errado...

Mas os dias foram passando, eu estava super bem, não enjoava, não passava mal, só sentia muito sono e fome!

Fiz a primeira ultra, e confirmou a gravidez, porém ainda era muito cedo para o coração estar batendo! Estava com apenas 5 semanas.

Quando repeti a ultra duas semanas depois, o embrião havia crescido, mas o coração não batia... A médica que fez a ultra disse que provavelmente era algum defeito genético do embrião, o que é comum na minha idade (44 anos), por isso não foi pra frente.

Mais uma vez eu quis morrer...

Repeti a ultra uma semana depois para confirmar se realmente o embrião estava morto, e não tinha evolução no desenvolvimento e o coração não batia.

Entrei em depressão, e fiquei bem mal por uns 10 dias.

Então minha médica me recomendou fazer uma curetagem.

Eu não aceitei.

Disse que era muito arriscado esperar que o corpo expulsasse o conteúdo, pois eu poderia ter uma infecção uterina e as consequências poderiam ser graves.

Mas eu me recusei. Esperei meu corpo fazer o processo normal.

Preparei eu mesma uma garrafada para limpeza uterina e tomei quando ficou pronta (leva 7 dias). Um dia antes de ficar pronta saiu uma bolinha minúscula de carne com sangue na minha calcinha... Era meu bebê... Enterrei ele nos pés de uma árvore de poder que tenho aqui em casa.

No dia seguinte comecei a tomar a garrafada. Dois dias depois a limpeza aconteceu. Acordei 5h da manhã, com dores horríveis! Corri para o banheiro e saiu um bolo de sangue de uma vez só! Foi quase um parto... Muitas contrações e muito sangue. Durou uns 15 minutos. Depois acabou.

Tomei um banho e as dores passaram. Continuei minando sangue por mais dez dias, porém pouco sangue. Quando tudo acabou eu fiz um ultrassom, para ver como meu útero estava. O médico ficou surpreso, pois disse que eu não contasse que havia passado um aborto tão recente ele não teria como identificar isso, pois meu útero estava perfeito, sem nenhum resquício de líquido (o que é comum nestes casos) e eu já estava ciclando de novo, prestes a ovular!

Enfim, sei que estou curada, mas também sei que a perda deste bebê foi mais um teste. Só espero que o último! A contraprova... Eu precisava passar por isso, sentir essa dor.

Na próxima postagem vou explicar as conclusões que cheguei com todos estes processos de cura, tanto este como o da postagem anterior, da minha coluna. Há ligação entre ambos.

Não sei se conseguirei engravidar nesta encarnação, afinal já estou com 44 anos, caminhando para 45, mas não vou desistir! Não após tantas curas!

Mas, conseguindo ou não, estou feliz e com a alma lavada, pois sei que consegui me curar, após tantas encarnações sofrendo por conta do pacto que fiz há séculos atrás...

E sei que nas próximas encarnações não vou trazer mais este enorme peso nas costas!

Já me perdoei (e foi difícil), compreendi todo este processo (e foi muito difícil) e subi muitos degraus com isso.

Gratidão a todos os seres, pessoas, ervas de poder e medicinas que estiveram comigo em todo este processo de cura, que vem durando tantos séculos!

GRATIDÃO!!!!
Sem seu auxílio eu jamais conseguiria...

Ahá!
Giselle Keller