Enfim, vamos a explicação
de toda esta história sórdida...
No final do ano de 2011,
através de uma colega bruxa, fui convidada a participar de um grupo de
aprendizes de bruxaria tradicional celta. Este grupo seria o primeiro grupo
formado no Rio de Janeiro, pertencente a um clã com sede em São Paulo, cujo
sacerdote era um bruxo relativamente conhecido no meio, cujos textos sobre
bruxaria tradicional que circulavam pela internet eu adorava e admirava.
Fiquei super feliz com este
convite, pois finalmente eu iria entrar para um grupo que seguia a linha que eu
me identificava, pois unia bruxaria tradicional celta e xamanismo!
O grupo do Rio seria
dirigido por uma Mestra que era discípula deste bruxo que eu admirava. O
primeiro ritual que teríamos seria em fevereiro de 2012, então até lá foi
formado um grupo virtual onde passamos a nos conhecer, trocar ideias, tirar
dúvidas, debater assuntos relacionados aos estudos do grupo e praticar os
estudos e exercícios que nos eram transmitidos por ali.
Assim que começou este
grupo virtual eu já não gostei de uma coisa, que foi a Mestra do grupo do Rio
não se pronunciar quase nunca, não responder as questões que eu colocava no
grupo, me direcionando sempre a ela, já que era ela que seria minha Mestra...
Com isso, para não me deixar “no vácuo”, o Sacerdote maior do grupo (o Mestre
do Clã), passou a me responder, esclarecendo minhas dúvidas. Com o tempo,
deixei de direcionar minhas perguntas para a Mestra e passei a me dirigir
diretamente ao Mestre.
E nós dois tínhamos muitas
afinidades. Como todos nós já tínhamos nos adicionado no facebook, eu e o
Mestre de SP acabamos por desenvolver uma boa amizade, por conta destas muitas
afinidades.
No fim das contas, a Mestra
do Rio marcou um encontro com os membros do grupo carioca, porém foi num dia
que eu não pude estar presente, portanto não fui...
Só fui conhecer todos
pessoalmente no dia do Festival de Lughnasadh (festival que abre as portas para
o outono). O relato mais detalhado da minha experiência neste festival está em três
postagens feitas na época, aqui mesmo neste blog. Quem quiser ler:
(Os que lerem, e depois
vierem a ler os mais atuais, irão perceber que, com o tempo, fui descobrindo
minhas sombras e trabalhando-as. Irão perceber certa agressividade e revolta
nas primeiras postagens, mas que hoje já não existem mais em mim porque estou
entrando em equilíbrio).
Enfim, seguindo com o
relato...
Durante os dois dias de
festival, aprendi muitas coisas, usei o rapé pela primeira vez (fiz muita
limpeza – vômitos e suor), adorei algumas pessoas que conheci lá, um deles é meu
irmão que amo muito até hoje, e na noite do primeiro dia do festival tomei a
bebida sagrada pela primeira vez, a Ayahuasca. Passei por enorme processo de
imersão em mim mesma, vi muito sobre mim e me libertei de muitas amarras.
Após passar o efeito da
Ayahuasca, o que chamamos de “terminar o trabalho”, eu tomei uma banho bem
demorado, troquei de roupa e fui pra varanda, esperar que os demais terminassem
seu trabalho. Estava lá quieta, pensando na vida, e o Mestre veio conversar
comigo, saber se eu estava bem. Ficamos conversando bem próximos, para poder
falar baixo e não atrapalhar o trabalho dos demais. Nisso a Mestra do Rio veio,
fez uma tremenda cara feia, como se estivéssemos fazendo algo errado. Nisso eu
me afastei do Mestre, cheguei pra trás. Aí ele me perguntou porque eu me
afastei e eu respondi que foi porque percebi que a Mestra não gostou da forma
como estávamos juntos, pois parecia um clima de intimidade, devido à
proximidade. Ele riu e disse que ela não tinha nada que gostar ou não gostar,
que não estávamos fazendo nada de errado.
E não estávamos mesmo!
Porém era óbvio que havia
um “clima” rolando entre nós, devido a admiração que eu tinha por ele, e também
eu tinha acabado de deixar explodir minha sexualidade que eu havia aprisionado dentro de mim. Então eu estava exalando sensualidade, e não foi só
o mestre que se sentiu influenciado por isso. Outros homens héteros que estavam
no ritual também sentiram isso em mim e não ficaram indiferentes.
Só que eu já não estava
mais sob efeito da Ayahuasca, estava completamente lúcida, e quero deixar isso
bem claro aqui, pois é importante para o que virei a relatar daqui a pouco.
Fui dormir na sala, junto
com duas amigas que fiz no festival, com um casal de homoafetivos e um dos
rapazes, pois o quarto que foi reservado para as meninas já não cabia mais
ninguém. Passamos horas rindo e conversando e foi ótimo! O Mestre veio várias
vezes participar da conversa, até que, num dado momento, ele me puxou pela mão
e me levou pros fundos da casa, no intuito de ficarmos juntos. Só que ele foi
respeitador, respeitou minha vontade, NÃO ME FORÇOU A NADA e logo voltamos pra
sala. Ele viu que eu estava completamente lúcida e confusa com toda essa
sexualidade que estava fervilhando em mim e não quis me deixar ainda mais
confusa, então não forçou a nada. Aliás, se ele quisesse se "aproveitar" de mim, a melhor hora seria quando estávamos conversando na varanda, ainda durante o ritual, pois ali eu estava completamente vulnerável, e as pessoas ainda estavam em trabalho, então seria bem mais fácil. Gostei muito da atitude dele comigo, pois respeitou minha vontade e isso só me
fez admirá-lo ainda mais. Apesar de achar antiético ele querer ficar com uma
aprendiz.
Passado este festival, a Mestra
do Rio marcou um novo encontro, e neste encontro eu fui. Já começou com enorme
desrespeito, pois ela marcou um horário, e cheguei um pouco antes do horário
marcado e não tinha ninguém. Esperei, esperei, e como não chegava ninguém
comecei a ligar. Ela não atendeu nenhuma das minhas ligações. Então liguei para
um dos meus amigos, que disse que ela havia avisado que o encontro seria mais
tarde (3 horas mais tarde!) porque a filha de uma das pessoas do grupo não
poderia chegar no horário marcado... Ela avisou todos, menos a mim.
Então fiquei lá, mofando,
lendo o livro que levei, até que todos chegassem.
Foi então que a “reunião”
começou...
Ela simplesmente me pegou
pra "Cristo" naquele dia!
Me expôs na frente de todo
mundo, me julgando e me culpando por uma coisa que eu não fiz! Foi agressiva
comigo. Acusou o Mestre/Sacerdote e um outro Mestre de outro Clã (não era discípulo do de SP, este tinha um grupo independente e nunca o conheci, e já fiquei sabendo que ele nem usa ervas de poder, então nem sei se esta acusação procede), que na época
pertencia ao conselho de bruxaria (que também foi criado por este Mestre de SP),
de usarem ervas de poder e Magia Sexual para seduzirem seus discípulos e fazer
sexo com eles (no caso do Mestre de SP, as discípulas, e do outro os discípulos
mesmo). Eu fiquei revoltada! Primeiro, porque eu era testemunha de que ele não
havia feito isso comigo, pois, como eu disse, eu estava completamente lúcida e
ele não me forçou a fazer nada! Se ele quisesse, poderia ter usado de tudo isso
comigo na hora da tal conversa na varanda, até porque eu estava bem vulnerável. Mas não fez. Não me forçou a nada!
A Mestra é que estava se
mostrando toda errada ali! Após ser absurdamente antiética, metendo o pau e
acusando o próprio Mestre dela e outro conselheiro do Conselho, ao qual ela
pertencia, eu a questionei. Se ela achava tudo isso, por que continuava fazendo
parte do Clã e tendo ele como seu Mestre?! Pois se eu achasse tudo isso jamais
seguiria uma pessoa assim. Ela ignorou minha pergunta e seguiu com as
acusações. Aí partiu para a questão de que o Mestre estava juntando dinheiro
para comprar um sítio onde seria construída a sede do Conselho e do Clã.
Ele
havia dado a ideia de que cada um que pudesse contribuísse com um valor mensal
de ajuda, e quem contribuísse teria este valor descontado do valor do ritual. Eu
havia apoiado a ideia. Ela disse que achava um absurdo e que nós do Rio não
deveríamos nos meter nisso, pois quem iria usufruir mais disso era o pessoal de
SP. Expus minha opinião, e além da revolta dela ainda tive que ouvir a fúria de
um dos rapazes do grupo, que chegou a se levantar e me acusar de idiota, de
cega, de manipulada, entre outras coisas...
Ela também disse que achava que nenhum de nós deveria ir nos cursos que o Mestre iria dar em SP,
porque ele iria “comer” todas as discípulas que fossem lá, porque era isso que
ele fazia! E que ela iria dar cursos aqui no Rio também, então não precisávamos ir nos dele...
Bom, depois dessa não
continuei mais ali, porque estava achando tudo aquilo um completo absurdo!!!! Hoje eu entendo porque ela estava descontrolada daquele jeito, porém, ainda assim, foi uma coisa que me magoou muito na época...
Afinal, como já disse, se ela achava isso tudo, por que continuava na casa e continuava
discípula do Mestre a quem estava ali acusando de estuprador, de feitiçaria, de
manipulação e etc.?! Mesmo após semanas deste encontro ela continuou
pertencendo e fazendo parte do Clã, e só saiu porque acabou sendo expulsa (já
vou chegar nessa parte). Foi completamente antiética. Daí eu achar que a errada era ela e não o Mestre. Este fato só
contribuiu para que eu achasse que ele era idôneo, já que ela com certeza não
era.
Com isso, ela me
expulsou do grupo do Rio. Disse que não me queria mais como discípula. Então o
Mestre entrou em contato comigo me dizendo que ela havia me expulsado, mas que
se eu quisesse eu poderia passar a ser discípula direto dele, pois ele via
muito potencial em mim e queria que eu tivesse a oportunidade de continuar me
desenvolvendo. Claro que aceitei! Então passei a fazer parte do grupo de SP, e
não mais do Rio.
Algumas semanas
depois começaram os 8 cursos que o Mestre daria em sua casa, em SP, sendo 2 por
fim de semana. Fui em todos! E em todos tomei alguma erva de poder: Ayahuasca
ou Datura. Em nenhum destes cursos o Mestre me forçou a fazer nada! Em nenhum
momento eu perdi a consciência. Eu sempre sabia o que estava fazendo e percebia
o que estava acontecendo ao meu redor. Ele tentou ficar comigo, sim, tentou,
mas sempre respeitou minha vontade, como um cavalheiro. Nunca vou poder acusa-lo
de nada neste sentido. Pelo contrário. Porém, vi ele ficar com várias
discípulas enquanto elas estavam sob efeito de ervas de poder. Mas como eu
também estava e mantinha plena consciência do que eu queria e do que eu não
queria, sempre acreditei que todas reagiam da mesma forma que eu. Portanto,
continuava achando as acusações da ex-mestra um completo absurdo.
O relato de um
destes cursos, que pra mim foi o melhor de todos, está neste link: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2012/04/experiencia-fantastica-de-abertura-de.html
Sempre serei grata a tudo que aprendi, sempre.
Enfim, durante o
primeiro fim de semana dos cursos, obviamente o Mestre quis saber de mim o que
foi que aconteceu realmente aqui no Rio, para que a Mestra tenha me expulsado
do grupo. Eu não me senti à vontade para contar, afinal me sentiria fazendo
fofoca... Então eu disse que por uma questão de respeito a antiga Mestra eu não
iria contar, que ele perguntasse a ela. Porém ele me apertou de todas as
formas pra que eu contasse o que foi que tinha realmente acontecido. Eu expliquei
que foi uma questão de divergência de opiniões, mas ele não acreditou, disse
que sabia era algo mais grave. Que agora eu devia respeito, lealdade e
hierarquia a ele e não a ela. Ainda assim eu não contei.
No segundo fim de
semana (cursos 3 e 4), como eu não havia contado o que aconteceu, ele continuou
me pressionando, eu acabei chorando e pedi por favor pra ele parar porque eu
estava me sentindo muito mal com tudo isso, porque apesar de não concordar com
as atitudes dela eu não era fofoqueira e não ia contar.
Quando eu comecei a chorar,
o Mestre pediu desculpas e disse que não ia mais me meter nisso, que eu estava
certa. Que ele tinha outros meios de saber o que tinha acontecido. Fiquei super
grata a ele por mais uma vez respeitar minha vontade e mais uma vez o admirei
por sua atitude comigo!
Dois dias depois disso ele
me chamou no skype e disse que já sabia de tudo.
Ele estava FURIOSO!
Segundo ele, contatou seus Guias e Mestres e estes
o informaram que havia tido uma reunião no Rio, que tinha sido dito isso e
aquilo, que a Mestra era uma traíra, que o acusou de um monte de absurdos e que
ela ia ter o que merecia. E também disse que não era só ela, que os outros
Mestres também estavam formando um complô contra ele (isso eu nem sabia) e que
todos iam ter uma bela surpresa. Também me disse de coisas que foram ditas no
tal primeiro encontro do Rio, que eu não fui, que ocorreu antes do ritual.
Estas coisas eu nem fazia ideia, e eram as mesmas acusações e outras que eu nem
tinha noção!
Só sei que depois que ele
me contou que já sabia de tudo, eu senti um alívio enorme, e ele disse que
agora entendia porque eu estava tão agoniada, pois eram acusações muito graves.
Logo depois disso vinha o
festival de Samhain, e antes que
ele acontecesse, ele expulsou um dos outros dois Mestres do clã, expulsou a
Mestra do Rio (haviam 3 mestres além do sacerdote-chefe, porém todos discípulos
deste Mestre/Sacerdote). O terceiro Mestre saiu em solidariedade com o outro
que foi expulso. Além de expulsar a Mestra do Rio, ele também expulsou todos os
componentes do grupo do Rio! Com isso, eu fiquei revoltada, porque não aceitei
a expulsão dos demais... Achei injusto, pois ele colocou todos no mesmo saco,
sendo que eles estavam sendo orientados por uma Mestra que foi ele próprio que
colocou para tomar conta deste grupo...
Então veio o festival de Samhain, e todos os discípulos, dele e dos
outros Mestres que tinham saído, foram. Havia umas 30 pessoas ou mais no total.
Foi onde ele fez uma reunião, explicou por alto o ocorrido, sem entrar em
detalhes, e se ofereceu pra passar a ser o Mestre dos que quisessem continuar.
Todos disseram que queriam
continuar.
Aí depois que falou tudo
que tinha pra falar, que os 3 mestres saíram por divergências de opiniões, e
que o grupo do Rio havia sido extinto, ele disse que se alguém tinha alguma
pergunta ou algo a dizer, que era pra dizer naquela hora.
Ninguém falou nada.
Aí eu disse que queria
falar.
Falei que não concordava
com a extinção do grupo do Rio, que ali havia muita gente séria e legal, e que
ele colocou todos no mesmo saco, e que isso não era justo.
Disse que o grupo estava
sendo manipulado por uma pessoa desleal, que ele colocou como Mestra, então que
não podia julgar os discípulos já que eles estavam seguindo as orientações de
quem ele mesmo havia colocado como líder do grupo.
Aí ele ficou muito chateado
comigo! Disse que eu estava defendendo pessoas medíocres, que todos eram
desleais sim, que eu não sabia de nada e estava sendo ingênua.
Não me deixou falar mais,
comecei a chorar dizendo que eu ia defender quem eu achava que não merecia ser
tratado dessa forma, que nem todos eram medíocres e que eu continuava não
concordando.
Aí ele disse que eu até
podia estar certa sobre um ou outro, mas por via das dúvidas ele achou melhor
cortar todo mundo. Encerrou o assunto levantou e não pude falar mais nada.
O ritual rolou normalmente,
teve a iniciação de um dos ex-discípulos de um dos ex-mestres do Clã, e tudo
correu normalmente.
O relato deste ritual segue
neste link, para os que quiserem ler como foi: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2012/06/minha-experiencia-em-samhain.html
Dias depois de Sahmain eu
fiquei sabendo que havia rolado uma fofocada durante a noite, após o ritual, e
que um monte de pessoas estava saindo do Clã. Quem não saiu ele expulsou, e com
isso encerrou as atividades e disse que não ia mais ser Mestre de ninguém. Mas dias
depois ele mudou de ideia e resolveu começar de novo, e só a namorada dele, eu
e mais um rapaz que havia começado a participar do grupo no festival anterior
(Samhain) é que fomos convidados a continuar. Então formou-se um novo Clã, com
a entrada de gente nova. Ele queria que nós excluíssemos dos nossos contatos
todas as pessoas que foram do Clã. Novamente eu não concordei e disse que não
ia fazer isso. E ele mais uma vez ficou decepcionado comigo, mas respeitou
minha decisão.
Só que 90% das pessoas me excluiu...
Só umas 4 ou 5 pessoas se mantiveram meus amigos no facebook... Isso me deixou
triste, e decepcionada com alguns, foi onde ele veio e me disse: “Tá vendo?! Eu
te falei que estas pessoas não valiam a pena. Você ficou aí defendendo, dizendo
que haviam boas pessoas no grupo, mas no fim todos te deram um pé na bunda”. Tive que engolir...
Enfim, segui meus estudos
ali, porém com tudo que aconteceu, fiquei com os dois pés atrás...
Afinal, eu questionava o
poder de discernimento deste Mestre... Tudo isso aconteceu debaixo do nariz
dele, por meses, e ele não viu... Precisou a Mestra do Rio bater de frente com
uma discípula nova pra que ele visse que havia algo errado... E ainda tinha a
questão de “pegar” as aprendizes, que eu achava antiético. Cheguei a falar isso
pra ele, e dizer que ele se expunha muito fazendo isso, daí esse falatório
todo. A justificativa foi razoável pra mim na época, pois ele disse que eram
todos adultos, que pagãos são livres e ficam com quiserem, e que se ele quer
ficar com uma aprendiz e a aprendiz com ele ninguém tem nada a ver com isso...
Mas ainda assim, eu achava antiético.
Logo depois disso eu
comecei a sofrer alguns ataques astrais. A coisa foi ficando cada vez pior, até
que um dia, quando eu voltava pra casa de carro, senti uma dor de cabeça
horrorosa, do nada. A dor era tão absurda que parecia que tinha algo martelando
a minha cabeça... Sem me dar conta, eu larguei o volante fechei os olhos e
coloquei as mãos na cabeça, na tentativa desesperada de sanar a dor! Senti como
se tivesse um bicho bicando minha cabeça... Foi então que pensei: “O animal
guardião da ex-mestra era um corvo! Será que ela está me atacando com o animal
dela”?! (No final da parte 2 deste texto, em outra postagem seguida desta, eu relato quem foi que me atacou de verdade)
Então eu chamei meus guardiões para me ajudarem, e a dor diminuiu. Foi
então que me dei conta de que eu não estava dirigindo o carro, mas ele
continuava andando! Eu não tirei o pé do acelerador!!!! Quando levantei a
cabeça e fui segurar o volante, o carro estava fazendo a curva sozinho! “Alguém”
dirigia por mim! Quando peguei o volante de volta o carro quase saiu da pista,
pois peguei o volante no susto! Parei o carro para poder respirar e recobrar os
sentidos... Foi aterrorizante... Eu poderia ter morrido...
Depois que consegui chegar
em casa e relaxar, contei ao Mestre o ocorrido... Ele me avisou que estava
sendo alvo de inúmeros ataques do grupo que saiu, e que eles deveriam estar me
atacando também, já que haviam se unido contra ele.
Por conta disso, eu fiquei
tão revoltada, que exclui eu mesmo os poucos que ainda mantinham contato comigo
no facebook, porque conferi que eles continuavam amigos de todos os demais que
haviam saído, então eu não queria mais que ninguém soubesse nada da minha vida!
E também bloqueei meu face, pra que ninguém que não fosse meu amigo tivesse
mais acesso a nada.
Com isso o Mestre ficou
feliz, pois já não mantinha mais contato com ninguém. Só mantive contato com
uma pessoa de todos os que saíram, porque ela também fez como eu, excluiu todos
os outros.
Então vieram novos rituais,
e os relatos deles seguem abaixo, para quem quiser ler os detalhes:
Beltane 2012: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2013/05/festival-de-beltane-e-iniciacao-grau.html
O relato de Oimelc 2013 eu não fiz. E não fiz porque foi tão
confuso pra minha cabeça que num primeiro momento eu não tinha como escrever
tudo que me foi revelado ali... E logo depois aconteceram todas as outras
coisas que vou revelar na postagem seguinte, e com a queda das máscaras, e
todos os ataques que sofri, não tinha nem porquê mais fazer este relato...
Só após sair deste Clã é que escrevi um texto, onde relato tudo que
eu estava sentindo “nos bastidores” e também algumas informações que eu recebi
em vivências e não escrevi nos relatos dos links acima, e neste texto eu
descrevo o que me aconteceu em Oimelc de 2013...
Finalizando esta primeira parte, que termina com meu desligamento
oficial do Clã, quero registrar aqui que eu tentei manter contato amistoso com
a casa e com seu Mestre. O e-mail que enviei avisando sobre meu desligamento
foi super respeitoso, repleto de gratidão. Porém o Mestre não quis aceitar e
disse que no fundo eu estava era com o ego ferido, pois havíamos participado de
um debate numa lista do facebook que pertence a ele, e eu não concordei com a
opinião dele, então ele preferiu achar que eu estava saindo por causa disso!
Todo este relato, sobre este debate, está nesta outra postagem: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2013/10/reflexoes-sobre-mestres-e-aprendizes.html
Mas não foi por isso que eu
sai. Então enviei outro e-mail enumerando alguns dos muitos motivos... Citando
alguns:
Episódio 1: um casal que
levei pro Clã fez amizade com outro membro da casa, que trabalha com limpeza
astral de pessoas e ambientes, desobsessão, coisas do tipo. Em uma conversa
eles pediram uma consulta e começaram a fazer um trabalho com ele por fora,
para tirar uns feitiços que o ex-marido da minha amiga tinha feito contra ela.
Neste período, o Mestre deu um curso sobre Ogham na casa dele e eles foram. Eu
não fui. Lá eles conversaram com ele sobre essa questão do trabalho com o colega,
e pediram se ele podia ensinar alguma forma deles se defenderem de ataques
deste tipo. O Mestre então pegou um papel, anotou alguma coisa e colocou no
bolso. Aí olhou pros dois e disse que eles estavam mesmo com um feitiço brabo e
que tinha que ser feito um trabalho muito sério para remover, se não o filho da
minha amiga poderia até morrer! Eles ficaram desesperados! Aí ele disse que
teria que matar uma galinha para oferecer de morte no lugar do filho dela e que
tudo ficaria em 500 reais. Eles relutaram no início, mas após serem aterrorizados, aceitaram... Aí o Mestre
tirou do bolso o tal papel que tinha escrito e mandou que eles lessem. Estava
escrito algo assim: "Viu como é fácil cair no golpe de um
charlatão?". Aí disse que era tudo mentira, que as pessoas fracas
acreditam no que querem acreditar, que um charlatão pode ganhar muito dinheiro
fazendo-os acreditar que tem um feitiço impedindo-os de andar pra frente. Com
isso, eles ficaram ofendidos, magoados, e totalmente desacreditados, pois ele
insinuou que o tal colega era um charlatão e estava ganhando dinheiro em cima
deles. Bom, além de toda a falta de respeito com eles, que achei absurda, se o tal colega é um charlatão, então por que ele o aceita como discípulo?!
A única explicação que encontrei é a de que ele, então, também é um charlatão e quer o dinheiro deste outro, certo?! Há outra explicação?! Com isso eles
saíram do grupo, e eu fiquei absurdamente decepcionada com o Mestre por conta
desta atitude, pois isso fez com que a máscara dele caísse pra mim...
Episódio 2: Este mesmo
colega que ele acusou de charlatão mora numa cidade onde este Mestre é muito mal
visto. Então este colega não queria que fotos onde ele aparecesse fossem
divulgadas pelo Mestre, para que as pessoas da cidade não soubessem que ele
estava participando dos rituais dele, pois ele perderia muitos clientes com
isso. Só que o Mestre saiu divulgando um monte de fotos mídias a fora onde este
colega aparecia junto com o Mestre. O colega pediu que ele tirasse as fotos
das mídias, e ele não tirou e ainda postou mais. Com isso, o pessoal da cidade
começou a renegar o colega e ele perdeu muitos trabalhos. De uma renda de uns 8
mil reais que ele fazia por mês caiu pra uns 2 mil, e ele tem mulher e filhos
pra sustentar... Ou seja, uma tremenda falta de respeito com seu discípulo! Pra
não dizer mais...
Episódio 3: Ele
simplesmente esqueceu que um dos discípulos já havia sido iniciado no ritual
anterior e perguntou a ele quando seria a iniciação dele... Fiquei chocada....
Gente! Como um Mestre que leva a sério seu trabalho pode esquecer a iniciação
de um discípulo?! Não entra na minha cabeça uma situação destas....
Episódio 4: Ele sempre criticou
horrores o que ele chama de “venda de iniciações”. Diz que é fundamental que a
primeira iniciação de um discípulo dentro da bruxaria tradicional só ocorra
após cumprir a primeira roda (ir aos quatro festivais anuais), pois assim
experimentaria as energias de cada festival e conheceria as diferenças. Além
disso, é o período de trabalho com a Ayahuasca, e precisa de tempo. Então ele
simplesmente criou o que chamou de intensivão, onde a pessoa vai pra casa dele,
paga cerca de mil reais, fica 15 dias no local que ele chama de caverna (um
porão que ele tem em casa, onde fica o altar dele), a base de ervas de poder,
recebendo ensinamentos, e no fim ele inicia a pessoa no primeiro grau. Perdi
completamente qualquer resto de respeito que eu ainda tinha por ele com isso...
Afinal, se ele sempre criticou isso nos outros lugares, dizia que era vender
iniciação, que a pessoa tinha que passar pelos 4 rituais pra ser iniciado, e aí
porque precisa de dinheiro, ele faz?! Sim, precisa de dinheiro, porque ele e a namorada
oficial compraram um terreno pra construir a sede do Conselho, do Clã e de uma
ONG que ele possui, estão precisando de dinheiro para as obras. Aí ele inventa
este intensivão... Além da falta de ética, de pregar uma coisa e fazer outra,
ainda tem a falta de respeito a igualdade, pois e quem não pode ficar 15 dias e
pagar mil reais?! Cria uma desestrutura no grupo, estimula o ego de quem pode
pagar e dispor deste tempo e desmerece quem não pode.
Episódio 5: Comecei a
estudar sobre os Celtas, em livros que xeroquei dele mesmo, e vi que os rituais
que ele organizava não tinham nada de Celta... Nenhum deles. Não tinham
absolutamente nada a ver com a cultura Celta! Eram pura e simplesmente acender
uma fogueira, tomar ayahuasca ou datura, e fazer trabalho. Não tinha
ritualística e nem nada da tradição Celta... Era puro xamanismo sul americano e
mal feito... Se ao menos ele tivesse se dado ao trabalho de ler os próprios
livros, talvez tivesse organizado rituais que tivessem mais fundamento dentro
do que ele se propõe, ou seja, se ser um Clã de Bruxaria Tradicional Celta....
Enfim, por estes e muitos
outros motivos, mas principalmente porque a Mãe/ Rainha Ayahuasca me guiou, eu
saí deste Clã. Nesta época eu já estava seguindo a orientação dela, de procurar
outros Mestres e outras casas, e já estava frequentando um Centro de Xamanismo
em Niterói. E foi esta casa que me ajudou imensamente em tudo que aconteceu
depois... Foi onde firmei minha energia, me protegi e fui limpa de tudo de ruim
que meu ex-mestre colocou em mim...
Bom, após mandar a ele um
e-mail enumerando alguns dos motivos que me levaram a não querer mais ficar
naquela casa, meu ex-mestre ainda não satisfeito queria conversar pessoalmente,
pois disse que eu estava entendendo tudo errado e que podia me explicar cada um
dos motivos que enumerei. Eu topei, disse que iria até lá para conversarmos,
pois eu queria manter a amizade, já que, apesar de tudo, eu era grata a tudo
que aprendi lá.
Foi então que tudo desabou... Foi quando passei por uma vivência que será relatada na próxima postagem, onde eu descobri quem ele
realmente era, o que realmente era o Clã, que tipo de energia a casa era
vinculada e minha vida virou um verdadeiro filme de terror nos meses que se
seguiram!
É a história que segue na parte 2 deste relato... Pois já é uma nova
fase da minha vida!
Quero explicar que só vim a público relatar tudo isso porque
dezenas de pessoas até hoje não sabem de nada disso, muitas ainda me perguntam o que aconteceu,
outras caem na lábia dele e acham que ele é vítima, não enxergam que estão
enfeitiçadas e que precisam se proteger. Continuam seguindo sendo usadas e sugadas...
Mas este relato é principalmente uma forma de aleta para qualquer
pessoa, pois mostra o quanto a gente pode se deixar enganar por charlatões...
Por pessoas que lidam com energias das trevas, que sugam sua energia, te
manipulam, te dominam e você nem se dá conta...
Serve de alerta para qualquer um que vá procurar uma casa
religiosa, seja de que caminho for, para que preste atenção nas atitudes dos
dirigentes da casa, verifiquem se a casa tem tradição, avaliem como é a vida
das pessoas que frequentam o lugar, pois isso mostra se elas praticam o que
ensinam....
Este meu ex-mestre, por exemplo, vive fazendo postagens sobre
domínio do ego, sobre respeito ao caminho do outro, porém é a pessoa mais
ególatra que já conheci, mais debochada, vive ridicularizando pessoas e outros
caminhos, ou seja, não pratica o que diz...
Fala tanto em olhar a vida da pessoa, que deve ser próspera, ter
uma estrutura familiar harmoniosa, mas vive em uma casa simples, não tem
grandes posses, é casado e tem filhas, mas tem uma amante oficial e várias outras
amantes... A própria esposa não comunga de suas crenças nem o acompanha. Possui zilhões de desafetos, já prejudicou a vida de centenas de
pessoas. Raros são os aprendizes que ficam por mais de um ou dois anos em seu
Clã, que já tem mais de 15 anos de existência e nunca formou um sacerdote
sequer!
Ou seja, não há equilíbrio nem harmonia em sua vida.
Este meu ex-mestre não se cansa de me atacar em público, debochar
do caminho que escolhi seguir, e chegou a entrar em contato com vários conhecidos meus e
dele na tentativa de fazer minha "caveira" e se defender, por achar que eu estava
“falando mal dele” pelas costas, coisa que não fiz. Aí, as pessoas não
entendiam nada e entravam em contato comigo, porque sequer sabiam que eu havia
me desligado da casa... Perguntavam o que estava acontecendo, e para alguns eu
cheguei a relatar uns 10% do que aconteceu, e era o suficiente para as pessoas
acordarem e verem quem era a figura, e cortarem a amizade, enquanto outros eu
nem precisava falar nada! Apenas por orar por eles e enviar luz e pedir para que
seus protetores clareassem suas mentes foi o bastante para que despertassem e
saíssem do clã, assim como eu.
Com isso saíram quase todos.
Mesmo assim ainda fiquei meses quieta, sem falar nada pra ninguém.
Não contei nada sobre o filme de terror que ele fez da minha vida, com dezenas
de ataques astrais a mim, a minha família, a amigos próximos e até a meus
animais de estimação!
Então agora está aí toda a história em público, exposta pra
quem quiser ler e saber o que foi que realmente aconteceu.
A parte seguinte
segue no próximo relato. É parte horrorosa dessa historia sórdida...
Bjs a todos!
Giselle Keller