segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Explicando o que aconteceu durante minha entrada e saída do clã de bruxaria tradicional de SP – Parte 01




Enfim, vamos a explicação de toda esta história sórdida...
No final do ano de 2011, através de uma colega bruxa, fui convidada a participar de um grupo de aprendizes de bruxaria tradicional celta. Este grupo seria o primeiro grupo formado no Rio de Janeiro, pertencente a um clã com sede em São Paulo, cujo sacerdote era um bruxo relativamente conhecido no meio, cujos textos sobre bruxaria tradicional que circulavam pela internet eu adorava e admirava.
Fiquei super feliz com este convite, pois finalmente eu iria entrar para um grupo que seguia a linha que eu me identificava, pois unia bruxaria tradicional celta e xamanismo!
O grupo do Rio seria dirigido por uma Mestra que era discípula deste bruxo que eu admirava. O primeiro ritual que teríamos seria em fevereiro de 2012, então até lá foi formado um grupo virtual onde passamos a nos conhecer, trocar ideias, tirar dúvidas, debater assuntos relacionados aos estudos do grupo e praticar os estudos e exercícios que nos eram transmitidos por ali.
Assim que começou este grupo virtual eu já não gostei de uma coisa, que foi a Mestra do grupo do Rio não se pronunciar quase nunca, não responder as questões que eu colocava no grupo, me direcionando sempre a ela, já que era ela que seria minha Mestra... Com isso, para não me deixar “no vácuo”, o Sacerdote maior do grupo (o Mestre do Clã), passou a me responder, esclarecendo minhas dúvidas. Com o tempo, deixei de direcionar minhas perguntas para a Mestra e passei a me dirigir diretamente ao Mestre.
E nós dois tínhamos muitas afinidades. Como todos nós já tínhamos nos adicionado no facebook, eu e o Mestre de SP acabamos por desenvolver uma boa amizade, por conta destas muitas afinidades.
No fim das contas, a Mestra do Rio marcou um encontro com os membros do grupo carioca, porém foi num dia que eu não pude estar presente, portanto não fui...
Só fui conhecer todos pessoalmente no dia do Festival de Lughnasadh (festival que abre as portas para o outono). O relato mais detalhado da minha experiência neste festival está em três postagens feitas na época, aqui mesmo neste blog.  Quem quiser ler:



(Os que lerem, e depois vierem a ler os mais atuais, irão perceber que, com o tempo, fui descobrindo minhas sombras e trabalhando-as. Irão perceber certa agressividade e revolta nas primeiras postagens, mas que hoje já não existem mais em mim porque estou entrando em equilíbrio).

Enfim, seguindo com o relato...
Durante os dois dias de festival, aprendi muitas coisas, usei o rapé pela primeira vez (fiz muita limpeza – vômitos e suor), adorei algumas pessoas que conheci lá, um deles é meu irmão que amo muito até hoje, e na noite do primeiro dia do festival tomei a bebida sagrada pela primeira vez, a Ayahuasca. Passei por enorme processo de imersão em mim mesma, vi muito sobre mim e me libertei de muitas amarras.
Após passar o efeito da Ayahuasca, o que chamamos de “terminar o trabalho”, eu tomei uma banho bem demorado, troquei de roupa e fui pra varanda, esperar que os demais terminassem seu trabalho. Estava lá quieta, pensando na vida, e o Mestre veio conversar comigo, saber se eu estava bem. Ficamos conversando bem próximos, para poder falar baixo e não atrapalhar o trabalho dos demais. Nisso a Mestra do Rio veio, fez uma tremenda cara feia, como se estivéssemos fazendo algo errado. Nisso eu me afastei do Mestre, cheguei pra trás. Aí ele me perguntou porque eu me afastei e eu respondi que foi porque percebi que a Mestra não gostou da forma como estávamos juntos, pois parecia um clima de intimidade, devido à proximidade. Ele riu e disse que ela não tinha nada que gostar ou não gostar, que não estávamos fazendo nada de errado.
E não estávamos mesmo!
Porém era óbvio que havia um “clima” rolando entre nós, devido a admiração que eu tinha por ele, e também eu tinha acabado de deixar explodir minha sexualidade que eu havia aprisionado dentro de mim. Então eu estava exalando sensualidade, e não foi só o mestre que se sentiu influenciado por isso. Outros homens héteros que estavam no ritual também sentiram isso em mim e não ficaram indiferentes.
Só que eu já não estava mais sob efeito da Ayahuasca, estava completamente lúcida, e quero deixar isso bem claro aqui, pois é importante para o que virei a relatar daqui a pouco.
Fui dormir na sala, junto com duas amigas que fiz no festival, com um casal de homoafetivos e um dos rapazes, pois o quarto que foi reservado para as meninas já não cabia mais ninguém. Passamos horas rindo e conversando e foi ótimo! O Mestre veio várias vezes participar da conversa, até que, num dado momento, ele me puxou pela mão e me levou pros fundos da casa, no intuito de ficarmos juntos. Só que ele foi respeitador, respeitou minha vontade, NÃO ME FORÇOU A NADA e logo voltamos pra sala. Ele viu que eu estava completamente lúcida e confusa com toda essa sexualidade que estava fervilhando em mim e não quis me deixar ainda mais confusa, então não forçou a nada. Aliás, se ele quisesse se "aproveitar" de mim, a melhor hora seria quando estávamos conversando na varanda, ainda durante o ritual, pois ali eu estava completamente vulnerável, e as pessoas ainda estavam em trabalho, então seria bem mais fácil. Gostei muito da atitude dele comigo, pois respeitou minha vontade e isso só me fez admirá-lo ainda mais. Apesar de achar antiético ele querer ficar com uma aprendiz.

Passado este festival, a Mestra do Rio marcou um novo encontro, e neste encontro eu fui. Já começou com enorme desrespeito, pois ela marcou um horário, e cheguei um pouco antes do horário marcado e não tinha ninguém. Esperei, esperei, e como não chegava ninguém comecei a ligar. Ela não atendeu nenhuma das minhas ligações. Então liguei para um dos meus amigos, que disse que ela havia avisado que o encontro seria mais tarde (3 horas mais tarde!) porque a filha de uma das pessoas do grupo não poderia chegar no horário marcado... Ela avisou todos, menos a mim.
Então fiquei lá, mofando, lendo o livro que levei, até que todos chegassem.
Foi então que a “reunião” começou...
Ela simplesmente me pegou pra "Cristo" naquele dia!


Me expôs na frente de todo mundo, me julgando e me culpando por uma coisa que eu não fiz! Foi agressiva comigo. Acusou o Mestre/Sacerdote e um outro Mestre de outro Clã (não era discípulo do de SP, este tinha um grupo independente e nunca o conheci, e já fiquei sabendo que ele nem usa ervas de poder, então nem sei se esta acusação procede), que na época pertencia ao conselho de bruxaria (que também foi criado por este Mestre de SP), de usarem ervas de poder e Magia Sexual para seduzirem seus discípulos e fazer sexo com eles (no caso do Mestre de SP, as discípulas, e do outro os discípulos mesmo). Eu fiquei revoltada! Primeiro, porque eu era testemunha de que ele não havia feito isso comigo, pois, como eu disse, eu estava completamente lúcida e ele não me forçou a fazer nada! Se ele quisesse, poderia ter usado de tudo isso comigo na hora da tal conversa na varanda, até porque eu estava bem vulnerável. Mas não fez. Não me forçou a nada!
A Mestra é que estava se mostrando toda errada ali! Após ser absurdamente antiética, metendo o pau e acusando o próprio Mestre dela e outro conselheiro do Conselho, ao qual ela pertencia, eu a questionei. Se ela achava tudo isso, por que continuava fazendo parte do Clã e tendo ele como seu Mestre?! Pois se eu achasse tudo isso jamais seguiria uma pessoa assim. Ela ignorou minha pergunta e seguiu com as acusações. Aí partiu para a questão de que o Mestre estava juntando dinheiro para comprar um sítio onde seria construída a sede do Conselho e do Clã. 
Ele havia dado a ideia de que cada um que pudesse contribuísse com um valor mensal de ajuda, e quem contribuísse teria este valor descontado do valor do ritual. Eu havia apoiado a ideia. Ela disse que achava um absurdo e que nós do Rio não deveríamos nos meter nisso, pois quem iria usufruir mais disso era o pessoal de SP. Expus minha opinião, e além da revolta dela ainda tive que ouvir a fúria de um dos rapazes do grupo, que chegou a se levantar e me acusar de idiota, de cega, de manipulada, entre outras coisas...
Ela também disse que achava que nenhum de nós deveria ir nos cursos que o Mestre iria dar em SP, porque ele iria “comer” todas as discípulas que fossem lá, porque era isso que ele fazia! E que ela iria dar cursos aqui no Rio também, então não precisávamos ir nos dele...
Bom, depois dessa não continuei mais ali, porque estava achando tudo aquilo um completo absurdo!!!! Hoje eu entendo porque ela estava descontrolada daquele jeito, porém, ainda assim, foi uma coisa que me magoou muito na época...
Afinal, como já disse, se ela achava isso tudo, por que continuava na casa e continuava discípula do Mestre a quem estava ali acusando de estuprador, de feitiçaria, de manipulação e etc.?! Mesmo após semanas deste encontro ela continuou pertencendo e fazendo parte do Clã, e só saiu porque acabou sendo expulsa (já vou chegar nessa parte). Foi completamente antiética. Daí eu achar que a errada era ela e não o Mestre. Este fato só contribuiu para que eu achasse que ele era idôneo, já que ela com certeza não era.
Com isso, ela me expulsou do grupo do Rio. Disse que não me queria mais como discípula. Então o Mestre entrou em contato comigo me dizendo que ela havia me expulsado, mas que se eu quisesse eu poderia passar a ser discípula direto dele, pois ele via muito potencial em mim e queria que eu tivesse a oportunidade de continuar me desenvolvendo. Claro que aceitei! Então passei a fazer parte do grupo de SP, e não mais do Rio.


Algumas semanas depois começaram os 8 cursos que o Mestre daria em sua casa, em SP, sendo 2 por fim de semana. Fui em todos! E em todos tomei alguma erva de poder: Ayahuasca ou Datura. Em nenhum destes cursos o Mestre me forçou a fazer nada! Em nenhum momento eu perdi a consciência. Eu sempre sabia o que estava fazendo e percebia o que estava acontecendo ao meu redor. Ele tentou ficar comigo, sim, tentou, mas sempre respeitou minha vontade, como um cavalheiro. Nunca vou poder acusa-lo de nada neste sentido. Pelo contrário. Porém, vi ele ficar com várias discípulas enquanto elas estavam sob efeito de ervas de poder. Mas como eu também estava e mantinha plena consciência do que eu queria e do que eu não queria, sempre acreditei que todas reagiam da mesma forma que eu. Portanto, continuava achando as acusações da ex-mestra um completo absurdo.
O relato de um destes cursos, que pra mim foi o melhor de todos, está neste link: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2012/04/experiencia-fantastica-de-abertura-de.html  
Sempre serei grata a tudo que aprendi, sempre. 

Enfim, durante o primeiro fim de semana dos cursos, obviamente o Mestre quis saber de mim o que foi que aconteceu realmente aqui no Rio, para que a Mestra tenha me expulsado do grupo. Eu não me senti à vontade para contar, afinal me sentiria fazendo fofoca... Então eu disse que por uma questão de respeito a antiga Mestra eu não iria contar, que ele perguntasse a ela. Porém ele me apertou de todas as formas pra que eu contasse o que foi que tinha realmente acontecido. Eu expliquei que foi uma questão de divergência de opiniões, mas ele não acreditou, disse que sabia era algo mais grave. Que agora eu devia respeito, lealdade e hierarquia a ele e não a ela. Ainda assim eu não contei.
No segundo fim de semana (cursos 3 e 4), como eu não havia contado o que aconteceu, ele continuou me pressionando, eu acabei chorando e pedi por favor pra ele parar porque eu estava me sentindo muito mal com tudo isso, porque apesar de não concordar com as atitudes dela eu não era fofoqueira e não ia contar.
Quando eu comecei a chorar, o Mestre pediu desculpas e disse que não ia mais me meter nisso, que eu estava certa. Que ele tinha outros meios de saber o que tinha acontecido. Fiquei super grata a ele por mais uma vez respeitar minha vontade e mais uma vez o admirei por sua atitude comigo!
Dois dias depois disso ele me chamou no skype e disse que já sabia de tudo.
Ele estava FURIOSO!
Segundo ele, contatou seus Guias e Mestres e estes o informaram que havia tido uma reunião no Rio, que tinha sido dito isso e aquilo, que a Mestra era uma traíra, que o acusou de um monte de absurdos e que ela ia ter o que merecia. E também disse que não era só ela, que os outros Mestres também estavam formando um complô contra ele (isso eu nem sabia) e que todos iam ter uma bela surpresa. Também me disse de coisas que foram ditas no tal primeiro encontro do Rio, que eu não fui, que ocorreu antes do ritual. Estas coisas eu nem fazia ideia, e eram as mesmas acusações e outras que eu nem tinha noção!

Só sei que depois que ele me contou que já sabia de tudo, eu senti um alívio enorme, e ele disse que agora entendia porque eu estava tão agoniada, pois eram acusações muito graves.

Logo depois disso vinha o festival de Samhain, e antes que ele acontecesse, ele expulsou um dos outros dois Mestres do clã, expulsou a Mestra do Rio (haviam 3 mestres além do sacerdote-chefe, porém todos discípulos deste Mestre/Sacerdote). O terceiro Mestre saiu em solidariedade com o outro que foi expulso. Além de expulsar a Mestra do Rio, ele também expulsou todos os componentes do grupo do Rio! Com isso, eu fiquei revoltada, porque não aceitei a expulsão dos demais... Achei injusto, pois ele colocou todos no mesmo saco, sendo que eles estavam sendo orientados por uma Mestra que foi ele próprio que colocou para tomar conta deste grupo...


Então veio o festival de Samhain, e todos os discípulos, dele e dos outros Mestres que tinham saído, foram. Havia umas 30 pessoas ou mais no total. Foi onde ele fez uma reunião, explicou por alto o ocorrido, sem entrar em detalhes, e se ofereceu pra passar a ser o Mestre dos que quisessem continuar.
Todos disseram que queriam continuar. 
Aí depois que falou tudo que tinha pra falar, que os 3 mestres saíram por divergências de opiniões, e que o grupo do Rio havia sido extinto, ele disse que se alguém tinha alguma pergunta ou algo a dizer, que era pra dizer naquela hora.
Ninguém falou nada.
Aí eu disse que queria falar.
Falei que não concordava com a extinção do grupo do Rio, que ali havia muita gente séria e legal, e que ele colocou todos no mesmo saco, e que isso não era justo.
Disse que o grupo estava sendo manipulado por uma pessoa desleal, que ele colocou como Mestra, então que não podia julgar os discípulos já que eles estavam seguindo as orientações de quem ele mesmo havia colocado como líder do grupo.
Aí ele ficou muito chateado comigo! Disse que eu estava defendendo pessoas medíocres, que todos eram desleais sim, que eu não sabia de nada e estava sendo ingênua.
Não me deixou falar mais, comecei a chorar dizendo que eu ia defender quem eu achava que não merecia ser tratado dessa forma, que nem todos eram medíocres e que eu continuava não concordando.
Aí ele disse que eu até podia estar certa sobre um ou outro, mas por via das dúvidas ele achou melhor cortar todo mundo. Encerrou o assunto levantou e não pude falar mais nada.
O ritual rolou normalmente, teve a iniciação de um dos ex-discípulos de um dos ex-mestres do Clã, e tudo correu normalmente.
O relato deste ritual segue neste link, para os que quiserem ler como foi: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2012/06/minha-experiencia-em-samhain.html

Dias depois de Sahmain eu fiquei sabendo que havia rolado uma fofocada durante a noite, após o ritual, e que um monte de pessoas estava saindo do Clã. Quem não saiu ele expulsou, e com isso encerrou as atividades e disse que não ia mais ser Mestre de ninguém. Mas dias depois ele mudou de ideia e resolveu começar de novo, e só a namorada dele, eu e mais um rapaz que havia começado a participar do grupo no festival anterior (Samhain) é que fomos convidados a continuar. Então formou-se um novo Clã, com a entrada de gente nova. Ele queria que nós excluíssemos dos nossos contatos todas as pessoas que foram do Clã. Novamente eu não concordei e disse que não ia fazer isso. E ele mais uma vez ficou decepcionado comigo, mas respeitou minha decisão.
Só que 90% das pessoas me excluiu... Só umas 4 ou 5 pessoas se mantiveram meus amigos no facebook... Isso me deixou triste, e decepcionada com alguns, foi onde ele veio e me disse: “Tá vendo?! Eu te falei que estas pessoas não valiam a pena. Você ficou aí defendendo, dizendo que haviam boas pessoas no grupo, mas no fim todos te deram um pé na bunda”. Tive que engolir...
Enfim, segui meus estudos ali, porém com tudo que aconteceu, fiquei com os dois pés atrás...
Afinal, eu questionava o poder de discernimento deste Mestre... Tudo isso aconteceu debaixo do nariz dele, por meses, e ele não viu... Precisou a Mestra do Rio bater de frente com uma discípula nova pra que ele visse que havia algo errado... E ainda tinha a questão de “pegar” as aprendizes, que eu achava antiético. Cheguei a falar isso pra ele, e dizer que ele se expunha muito fazendo isso, daí esse falatório todo. A justificativa foi razoável pra mim na época, pois ele disse que eram todos adultos, que pagãos são livres e ficam com quiserem, e que se ele quer ficar com uma aprendiz e a aprendiz com ele ninguém tem nada a ver com isso... Mas ainda assim, eu achava antiético. 

Logo depois disso eu comecei a sofrer alguns ataques astrais. A coisa foi ficando cada vez pior, até que um dia, quando eu voltava pra casa de carro, senti uma dor de cabeça horrorosa, do nada. A dor era tão absurda que parecia que tinha algo martelando a minha cabeça... Sem me dar conta, eu larguei o volante fechei os olhos e coloquei as mãos na cabeça, na tentativa desesperada de sanar a dor! Senti como se tivesse um bicho bicando minha cabeça... Foi então que pensei: “O animal guardião da ex-mestra era um corvo! Será que ela está me atacando com o animal dela”?! (No final da parte 2 deste texto, em outra postagem seguida desta, eu relato quem foi que me atacou de verdade)


Então eu chamei meus guardiões para me ajudarem, e a dor diminuiu. Foi então que me dei conta de que eu não estava dirigindo o carro, mas ele continuava andando! Eu não tirei o pé do acelerador!!!! Quando levantei a cabeça e fui segurar o volante, o carro estava fazendo a curva sozinho! “Alguém” dirigia por mim! Quando peguei o volante de volta o carro quase saiu da pista, pois peguei o volante no susto! Parei o carro para poder respirar e recobrar os sentidos... Foi aterrorizante... Eu poderia ter morrido...
Depois que consegui chegar em casa e relaxar, contei ao Mestre o ocorrido... Ele me avisou que estava sendo alvo de inúmeros ataques do grupo que saiu, e que eles deveriam estar me atacando também, já que haviam se unido contra ele.
Por conta disso, eu fiquei tão revoltada, que exclui eu mesmo os poucos que ainda mantinham contato comigo no facebook, porque conferi que eles continuavam amigos de todos os demais que haviam saído, então eu não queria mais que ninguém soubesse nada da minha vida! E também bloqueei meu face, pra que ninguém que não fosse meu amigo tivesse mais acesso a nada.
Com isso o Mestre ficou feliz, pois já não mantinha mais contato com ninguém. Só mantive contato com uma pessoa de todos os que saíram, porque ela também fez como eu, excluiu todos os outros.
Então vieram novos rituais, e os relatos deles seguem abaixo, para quem quiser ler os detalhes:




O relato de Oimelc 2013 eu não fiz. E não fiz porque foi tão confuso pra minha cabeça que num primeiro momento eu não tinha como escrever tudo que me foi revelado ali... E logo depois aconteceram todas as outras coisas que vou revelar na postagem seguinte, e com a queda das máscaras, e todos os ataques que sofri, não tinha nem porquê mais fazer este relato...

Só após sair deste Clã é que escrevi um texto, onde relato tudo que eu estava sentindo “nos bastidores” e também algumas informações que eu recebi em vivências e não escrevi nos relatos dos links acima, e neste texto eu descrevo o que me aconteceu em Oimelc de 2013...

Finalizando esta primeira parte, que termina com meu desligamento oficial do Clã, quero registrar aqui que eu tentei manter contato amistoso com a casa e com seu Mestre. O e-mail que enviei avisando sobre meu desligamento foi super respeitoso, repleto de gratidão. Porém o Mestre não quis aceitar e disse que no fundo eu estava era com o ego ferido, pois havíamos participado de um debate numa lista do facebook que pertence a ele, e eu não concordei com a opinião dele, então ele preferiu achar que eu estava saindo por causa disso! Todo este relato, sobre este debate, está nesta outra postagem: http://gisellekeller.blogspot.com.br/2013/10/reflexoes-sobre-mestres-e-aprendizes.html

Mas não foi por isso que eu sai. Então enviei outro e-mail enumerando alguns dos muitos motivos... Citando alguns:
Episódio 1: um casal que levei pro Clã fez amizade com outro membro da casa, que trabalha com limpeza astral de pessoas e ambientes, desobsessão, coisas do tipo. Em uma conversa eles pediram uma consulta e começaram a fazer um trabalho com ele por fora, para tirar uns feitiços que o ex-marido da minha amiga tinha feito contra ela. Neste período, o Mestre deu um curso sobre Ogham na casa dele e eles foram. Eu não fui. Lá eles conversaram com ele sobre essa questão do trabalho com o colega, e pediram se ele podia ensinar alguma forma deles se defenderem de ataques deste tipo. O Mestre então pegou um papel, anotou alguma coisa e colocou no bolso. Aí olhou pros dois e disse que eles estavam mesmo com um feitiço brabo e que tinha que ser feito um trabalho muito sério para remover, se não o filho da minha amiga poderia até morrer! Eles ficaram desesperados! Aí ele disse que teria que matar uma galinha para oferecer de morte no lugar do filho dela e que tudo ficaria em 500 reais. Eles relutaram no início, mas após serem aterrorizados, aceitaram... Aí o Mestre tirou do bolso o tal papel que tinha escrito e mandou que eles lessem. Estava escrito algo assim: "Viu como é fácil cair no golpe de um charlatão?". Aí disse que era tudo mentira, que as pessoas fracas acreditam no que querem acreditar, que um charlatão pode ganhar muito dinheiro fazendo-os acreditar que tem um feitiço impedindo-os de andar pra frente. Com isso, eles ficaram ofendidos, magoados, e totalmente desacreditados, pois ele insinuou que o tal colega era um charlatão e estava ganhando dinheiro em cima deles. Bom, além de toda a falta de respeito com eles, que achei absurda, se o tal colega é um charlatão, então por que ele o aceita como discípulo?! A única explicação que encontrei é a de que ele, então, também é um charlatão e quer o dinheiro deste outro, certo?! Há outra explicação?! Com isso eles saíram do grupo, e eu fiquei absurdamente decepcionada com o Mestre por conta desta atitude, pois isso fez com que a máscara dele caísse pra mim...

 
Episódio 2: Este mesmo colega que ele acusou de charlatão mora numa cidade onde este Mestre é muito mal visto. Então este colega não queria que fotos onde ele aparecesse fossem divulgadas pelo Mestre, para que as pessoas da cidade não soubessem que ele estava participando dos rituais dele, pois ele perderia muitos clientes com isso. Só que o Mestre saiu divulgando um monte de fotos mídias a fora onde este colega aparecia junto com o Mestre. O colega pediu que ele tirasse as fotos das mídias, e ele não tirou e ainda postou mais. Com isso, o pessoal da cidade começou a renegar o colega e ele perdeu muitos trabalhos. De uma renda de uns 8 mil reais que ele fazia por mês caiu pra uns 2 mil, e ele tem mulher e filhos pra sustentar... Ou seja, uma tremenda falta de respeito com seu discípulo! Pra não dizer mais...

Episódio 3: Ele simplesmente esqueceu que um dos discípulos já havia sido iniciado no ritual anterior e perguntou a ele quando seria a iniciação dele... Fiquei chocada.... Gente! Como um Mestre que leva a sério seu trabalho pode esquecer a iniciação de um discípulo?! Não entra na minha cabeça uma situação destas....

Episódio 4: Ele sempre criticou horrores o que ele chama de “venda de iniciações”. Diz que é fundamental que a primeira iniciação de um discípulo dentro da bruxaria tradicional só ocorra após cumprir a primeira roda (ir aos quatro festivais anuais), pois assim experimentaria as energias de cada festival e conheceria as diferenças. Além disso, é o período de trabalho com a Ayahuasca, e precisa de tempo. Então ele simplesmente criou o que chamou de intensivão, onde a pessoa vai pra casa dele, paga cerca de mil reais, fica 15 dias no local que ele chama de caverna (um porão que ele tem em casa, onde fica o altar dele), a base de ervas de poder, recebendo ensinamentos, e no fim ele inicia a pessoa no primeiro grau. Perdi completamente qualquer resto de respeito que eu ainda tinha por ele com isso... Afinal, se ele sempre criticou isso nos outros lugares, dizia que era vender iniciação, que a pessoa tinha que passar pelos 4 rituais pra ser iniciado, e aí porque precisa de dinheiro, ele faz?! Sim, precisa de dinheiro, porque ele e a namorada oficial compraram um terreno pra construir a sede do Conselho, do Clã e de uma ONG que ele possui, estão precisando de dinheiro para as obras. Aí ele inventa este intensivão... Além da falta de ética, de pregar uma coisa e fazer outra, ainda tem a falta de respeito a igualdade, pois e quem não pode ficar 15 dias e pagar mil reais?! Cria uma desestrutura no grupo, estimula o ego de quem pode pagar e dispor deste tempo e desmerece quem não pode. 


Episódio 5: Comecei a estudar sobre os Celtas, em livros que xeroquei dele mesmo, e vi que os rituais que ele organizava não tinham nada de Celta... Nenhum deles. Não tinham absolutamente nada a ver com a cultura Celta! Eram pura e simplesmente acender uma fogueira, tomar ayahuasca ou datura, e fazer trabalho. Não tinha ritualística e nem nada da tradição Celta... Era puro xamanismo sul americano e mal feito... Se ao menos ele tivesse se dado ao trabalho de ler os próprios livros, talvez tivesse organizado rituais que tivessem mais fundamento dentro do que ele se propõe, ou seja, se ser um Clã de Bruxaria Tradicional Celta....

Enfim, por estes e muitos outros motivos, mas principalmente porque a Mãe/ Rainha Ayahuasca me guiou, eu saí deste Clã. Nesta época eu já estava seguindo a orientação dela, de procurar outros Mestres e outras casas, e já estava frequentando um Centro de Xamanismo em Niterói. E foi esta casa que me ajudou imensamente em tudo que aconteceu depois... Foi onde firmei minha energia, me protegi e fui limpa de tudo de ruim que meu ex-mestre colocou em mim...
Bom, após mandar a ele um e-mail enumerando alguns dos motivos que me levaram a não querer mais ficar naquela casa, meu ex-mestre ainda não satisfeito queria conversar pessoalmente, pois disse que eu estava entendendo tudo errado e que podia me explicar cada um dos motivos que enumerei. Eu topei, disse que iria até lá para conversarmos, pois eu queria manter a amizade, já que, apesar de tudo, eu era grata a tudo que aprendi lá.

Foi então que tudo desabou... Foi quando passei por uma vivência que será relatada na próxima postagem, onde eu descobri quem ele realmente era, o que realmente era o Clã, que tipo de energia a casa era vinculada e minha vida virou um verdadeiro filme de terror nos meses que se seguiram!

É a história que segue na parte 2 deste relato... Pois já é uma nova fase da minha vida!

Quero explicar que só vim a público relatar tudo isso porque dezenas de pessoas até hoje não sabem de nada disso, muitas ainda me perguntam o que aconteceu, outras caem na lábia dele e acham que ele é vítima, não enxergam que estão enfeitiçadas e que precisam se proteger. Continuam seguindo sendo usadas e sugadas...
Mas este relato é principalmente uma forma de aleta para qualquer pessoa, pois mostra o quanto a gente pode se deixar enganar por charlatões... Por pessoas que lidam com energias das trevas, que sugam sua energia, te manipulam, te dominam e você nem se dá conta...
Serve de alerta para qualquer um que vá procurar uma casa religiosa, seja de que caminho for, para que preste atenção nas atitudes dos dirigentes da casa, verifiquem se a casa tem tradição, avaliem como é a vida das pessoas que frequentam o lugar, pois isso mostra se elas praticam o que ensinam....
Este meu ex-mestre, por exemplo, vive fazendo postagens sobre domínio do ego, sobre respeito ao caminho do outro, porém é a pessoa mais ególatra que já conheci, mais debochada, vive ridicularizando pessoas e outros caminhos, ou seja, não pratica o que diz...
Fala tanto em olhar a vida da pessoa, que deve ser próspera, ter uma estrutura familiar harmoniosa, mas vive em uma casa simples, não tem grandes posses, é casado e tem filhas, mas tem uma amante oficial e várias outras amantes... A própria esposa não comunga de suas crenças nem o acompanha. Possui zilhões de desafetos, já prejudicou a vida de centenas de pessoas. Raros são os aprendizes que ficam por mais de um ou dois anos em seu Clã, que já tem mais de 15 anos de existência e nunca formou um sacerdote sequer!
Ou seja, não há equilíbrio nem harmonia em sua vida.
Este meu ex-mestre não se cansa de me atacar em público, debochar do caminho que escolhi seguir, e chegou a entrar em contato com vários conhecidos meus e dele na tentativa de fazer minha "caveira" e se defender, por achar que eu estava “falando mal dele” pelas costas, coisa que não fiz. Aí, as pessoas não entendiam nada e entravam em contato comigo, porque sequer sabiam que eu havia me desligado da casa... Perguntavam o que estava acontecendo, e para alguns eu cheguei a relatar uns 10% do que aconteceu, e era o suficiente para as pessoas acordarem e verem quem era a figura, e cortarem a amizade, enquanto outros eu nem precisava falar nada! Apenas por orar por eles e enviar luz e pedir para que seus protetores clareassem suas mentes foi o bastante para que despertassem e saíssem do clã, assim como eu.
Com isso saíram quase todos.
Mesmo assim ainda fiquei meses quieta, sem falar nada pra ninguém. Não contei nada sobre o filme de terror que ele fez da minha vida, com dezenas de ataques astrais a mim, a minha família, a amigos próximos e até a meus animais de estimação!
Então agora está aí toda a história em público, exposta pra quem quiser ler e saber o que foi que realmente aconteceu. 
A parte seguinte segue no próximo relato. É parte horrorosa dessa historia sórdida...


Bjs a todos!

Giselle Keller