Como prometi, começo a
relatar aqui o processo de mudanças mais recentes que venho passando, que chamo
de processo de iluminação e despertar interior.
Mas antes de começar os
relatos das vivências, preciso explicar algo:
Quem acompanha o blog ou
minha vida pessoal (meu amigos) sabe que eu vinha frequentando um clã de
bruxaria tradicional há alguns meses, e venho passando por muitas experiências
ditas místicas, que começaram lá. Digo “vinha frequentando”, porque me afastei
de lá. Com muita gratidão, claro, porque tudo que vivi (e aprendi) ali foi
muito importante pra mim. Serei sempre muito grata por tudo e por todos que
compartilharam as vivências e experiências lá comigo! Aprendi muito, cresci
muito, então GRATIDÃO!!!
Mas desde o ritual de
Beltane, em novembro do ano passado (2012), onde se deu a minha primeira
iniciação naquela casa, que venho me sentindo diferente, questionando muitas
coisas, e comecei a intensificar meu resgate de memória de algumas vidas
passadas. Isso começou a me conectar cada vez mais com o xamanismo em si e
menos com a casa onde eu estava.
Cada um tem sua forma de ver
e viver seu caminho, e quando entramos para um grupo ou para uma casa, buscamos
identificação com a forma como as coisas são guiadas e ensinadas. Se você se
identifica, você permanece, se não, você sai. É como diz o ditado: “Diga-me com
quem andas, que te direi quem és”. Apesar de tudo que aprendi lá ter sido útil
pra mim e pro meu crescimento pessoal, não me identificava mais com certas posturas
da casa, e eu não tinha como mudar isso, então não me cabia outra alternativa se
não ir buscar meu caminho fora dali...
Além disso, apesar de ser
uma casa de bruxaria tradicional celta, a casa, na verdade, em seus rituais,
sempre explorou muito o xamanismo sul americano (uso de suas medicinas e
ritualísticas, como rapé, ayahuasca e até o kambô mais recentemente). Como eu
sempre adorei isso (aliás, era o que eu realmente gostava ali), fiquei ainda
mais estimulada a ir buscar o xamanismo, já que era com seus rituais e com sua
medicina que eu me identificava de verdade, e não com a bruxaria em si. E
através deste resgate de vidas passadas eu vi que a minha ancestralidade
mágica, do meu Eu Superior, estava muito mais ligada ao xamanismo do que a
bruxaria. Então resolvi seguir meu caminho e ir buscar na fonte o que eu
realmente queria!
Dito isso, alguns devem
estar confusos, pensando: Mas você é Bruxa ou Xamã?! Também venho me perguntando
a mesma coisa... Bom, de certa forma, continuo me sentindo uma Bruxa, porém de
acordo com a visão que eu tenho do que seja a bruxaria, o que está num texto
antigo que postei aqui mesmo neste blog (http://gisellekeller.blogspot.com.br/2009/03/ser-bruxa.html). Muitos ao lerem dirão que
essa descrição, na verdade, parece mesmo é com a descrição do que é uma Xamã, e
concordo, pois sempre achei que ser bruxa e ser Xamã é praticamente a mesma
coisa, com a diferença que bruxos focam muito em magia. Se a bruxaria é isso
que eu acredito que seja, ou não, eu não sei, talvez eu tenha uma visão mais
romântica do que realmente seja... Ou sempre idealizei a bruxaria. Sinceramente,
não sei mais o que pensar... Mas sendo como eu penso que é, não há problema
algum em ser Bruxa E ser Xamã. Mas essa é só a minha forma de ver as coisas...
Então vamos seguir com o
relato!
No ritual de Lughnasadh, no
começo deste ano (fevereiro de 2013), eu tive uma vivência com a Rainha
Ayahuasca, onde ela me disse para procurar outros Mestres e outros caminhos,
pois o que eu queria aprender, não iria aprender ali. Na época fiquei muito
confusa com isso, e não sabia o que pensar... Não contei a ninguém, e guardei
isso pra mim, para refletir a respeito.
Ao mesmo tempo, foi dando-se
o processo de perda de identificação com a casa onde eu estava e com seu
Mestre, pois, conforme fui evoluindo e aprendendo lições de humildade com a
Rainha, fui me redescobrindo, me conectando com meu Eu Superior, adquirindo
outro grau de consciência. Com isso, algumas atitudes, principalmente nos
últimos meses (pois se intensificaram), passaram a me incomodar horrores.
Passei a me questionar sobre o porquê da minha mudança de perspectiva e de
opinião, e me dei conta de que eu havia mudado muito mais do que eu pensava, e
que se antes eu me identificava com a casa e seu Mestre, porque tinha coisas em
comum, agora a identificação que eu tinha era nula...
Ainda assim eu insisti e
continuei. Fui ao ritual de Samhain, em maio deste ano (2013). E, por mais que
eu me esforçasse, já não me sentia em casa... Neste ritual não tomei Ayahuasca
e sim Datura. Quando era com a Ayahuasca eu voltava pra casa e continuava tendo
muitas vivências nos dias e até semanas que se seguiam, às vezes ainda mais
intensas do que durante o ritual. E desta vez foi ainda mais. Nas semanas
seguintes tive muitas vivências no astral em relação à lição que a Datura me
deu durante o ritual (o relato está na postagem referente ao ritual em questão,
neste blog), deixando tudo ainda bem mais claro pra mim. Não tomei Ayahuasca,
mas sua Rainha também veio me trazer algumas questões e informações... No
início de julho tive uma vivência com ela e com o meu Xamã (meu Guia Espiritual),
onde me foi dito que a cura que eu estava buscando (engravidar) viria através
das mãos de um Xamã estrangeiro, e através de outra medicina. E novamente me
disse que fosse buscar outro lugar onde continuar meu caminho. Perguntei a ela
por que isso, e como eu iria encontrar este outro lugar e este Xamã?! Ela se
limitou a me dizer que eu sabia por que e que o lugar e o Xamã iriam ser
mostrados a mim muito em breve.
Poucos dias depois uma amiga
me avisou sobre a vinda de um Xamã boliviano, praticante da Medicina
Tradicional Quéchua Andina, que iria atender em um centro xamânico em São
Paulo. Assim que ela me falou, um arrepio correu por todo meu corpo e eu
simplesmente sabia que era o que a Rainha e meu Xamã haviam me falado! Procurei
saber a data e vi que ele também estaria em Niterói (muito mais perto pra mim),
em uma filial deste Centro Xamânico. Esta filial era também uma escola da
tradição deste Centro Xamânico, então já suspeitei que fosse o lugar para onde
eu supostamente deveria ir continuar o meu caminho. Trata-se de um centro de
estudos e de práticas xamânicas ancestrais, fundamentado na sabedoria da Índia
Antiga, através do uso de medicinas expansoras da consciência (enteógenos). Eu
não tenho nenhuma identificação com a Índia, mas sempre admirei seus
ensinamentos, então achei que seria interessante me aprofundar. Além disso, um
dos meus animais guardiões é uma Cobra Real, cuja origem é a Índia, então eu
sei que tenho alguma conexão forte com esse lugar, só não me foi despertada
ainda. E lá nesta escola eles praticam a comunhão de saberes, ensinando e
utilizando conhecimentos e medicinas ligados a todas as linhas xamânicas, e
achei isso ótimo!
Então marquei um atendimento
com este Xamã boliviano, que foi em agosto de 2013, e foi a parti dali que a verdadeira
mudança começou em mim. Mas vou fazer uma postagem específica para este relato,
pois foram vivências simplesmente incríveis, e merecem uma postagem só pra
elas. Neste aqui quero só esclarecer o porquê da mudança de casa e da minha
expansão de consciência.
Poucas semanas depois (no
começo de setembro) teve o festival de Oimelc, na casa antiga, de bruxaria
tradicional, e ainda insistindo em querer continuar lá (eu me sentia presa lá, como
se não devesse sair) eu fui. Mas foi um ritual muito estranho pra mim, onde
várias coisas me incomodaram, mas são coisas minhas, referentes à minha opinião
e não-identificação, então prefiro não relatar aqui por uma questão de
respeito, e porque não me cabe julgar o outro.
Como eu estava com suspeita
de gravidez (em postagem futura, na que for fazer o relato sobre o Xamã
boliviano, explicarei com detalhes), não podia tomar a Datura, então tomei
Ayahuasca. Estávamos todos em volta da fogueira pra o ritual, e no fim a Rainha
veio ao meu ouvido e ordenou que eu me despedisse e fosse grata, porque eu não
voltaria mais ali. Me assustei e relutei em fazer isso, mas ela falou de novo,
quase como uma ordem, então fiz o que ela pediu. Abracei o Mestre e a Bruxa de
3º ano (ou 3º Grau, que é a mais antiga da casa – nesta casa são 7 Graus para
tornar-se um sacerdote do clã), fui muito grata, disse que agradecia por tudo
que aprendi com eles ali e que tudo isso foi muito importante para meu
crescimento pessoal. Não sei se eles se deram conta que aquilo foi uma
despedida, afinal nem eu estava acreditando que seria, mas fiz o que a Rainha
pediu.
Em seguida fui para a sala
da casa, ficar ao lado da música, para fazer meu trabalho. Não consegui. O
tempo inteiro eu ficava vendo animais pequenos e pretos tentando se aproximar
de mim, e eu sentia que suas intenções não eram boas. Invoquei meus animais
guardiões para me protegerem, e eles ficaram ao meu redor, atacaram estes
animais pretos e foram destruindo um por um, comendo-os. A minha serpente se
enroscou no meu corpo e ficou enorme, minha onça se posicionou na minha frente
e rosnava super alto e eu me enchi de uma luz dourada, fortalecendo meu círculo
de proteção. Com isso o “ataque” cessou e eu desisti de entrar em trabalho.
Fiquei questionando o que aconteceu, pois eu acreditava que num local onde está
acontecendo um ritual como este não haveria espaço para ocorrer um ataque a
alguém. Enfim, não me cabe questionar o porquê, mas ficar grata por ter
recebido a proteção devida e ter conseguido ficar segura. Mas achei melhor não
contar isso pra ninguém, pois poderia gerar polêmica, então me mantive calada.
E aqui, através desta postagem, é a primeira vez que revelo isso.
Logo depois, me deu uma fome
absurda e fui pra cozinha comer. Comi igual uma leoa! E quando estava no final
de um belo pedaço de torta de chocolate com morangos a força da Ayahuasca veio
com tanta intensidade que quase derrubei o prato no chão... Com ajuda de uma
amiga eu coloquei o prato na pia e voltei pra sala, sentei numa poltrona e
entrei em trabalho imediatamente. Meu Xamã apareceu pra mim e revelou quem ele
realmente É. Também não farei este relato aqui, porque faz parte de outra
história, que tem a ver com toda a mudança pela qual estou passando. Mas farei
em breve. Como eu disse, esta postagem é para esclarecer a mudança de casa.
Chorei horrores, acho que
foi uma das vezes que mais chorei na vida. Todo meu problema em relação a não
engravidar e a aversão que eu tinha sobre casamento e outras coisas ficaram
muito claras pra mim. E tudo isso só me foi revelado agora porque eu estava
curada (o que será explicado na postagem sobre o Xamã boliviano).
No dia seguinte eu soube que
outro amigo havia tido uma vivência muito intensa com a Rainha, e que ela havia
pedido a ele que saísse dessa casa e fosse seguir sua evolução em outro lugar.
Fiquei estupefata! Então não era só comigo que isso estava acontecendo. Havia
um ciclo se encerrando ali. Fiquei ainda mais confusa do que antes.
Já em casa, nos dias que se
seguiram, muitas revelações começaram a vir, e cada vez mais fui me
redescobrindo e meu grau de consciência foi se ampliando, se expandindo, minha
energia também foi mudando e eu já não era mais a mesma pessoa. Continuei
frequentando o centro xamânico de Niterói, e as vivências e ensinamentos começaram
a mudar ainda mais a visão estreita que eu tinha do meu caminho. Lá a Rainha
passou a se mostrar pra mim de uma forma muito mais vívida e meus animais
guardiões também, inclusive minha serpente passou a se mostrar de outra cor,
branca, com detalhes em verde escuro, magnífica! Perguntei a ela o porquê da
mudança, e ela respondeu que ela não mudou, quem mudou fui eu. Ficou claro que
isso aconteceu porque eu removi alguns véus de meus olhos e tive uma expansão
de consciência. Vi que muito do que eu pensava era o mais puro preconceito,
pois eu tinha véus e mais véus obscurecendo a minha visão do mundo espiritual e
tudo era muito maior e muito mais interligado do que eu podia imaginar. Que eu
podia acessar infinitamente mais do que achava que podia.
Ainda assim, eu continuava
me sentindo presa na casa anterior. Então foi marcado o próximo ritual, que
seria o da minha segunda iniciação, e confirmei minha presença, fiz até o
pagamento antecipado. Foi então que, já com a visão mais clara das coisas, as
tais atitudes que eu mencionei que me incomodavam começaram a me incomodar
ainda mais. Após uma sequência delas, eu vi que, juntando tudo que vinha me
incomodando, principalmente desde o início deste ano, não havia mais a menor
chance de insistir em continuar naquela casa. Se ser um bruxo desta casa é se
achar no direito de fazer certas coisas, com as quais eu não concordo, então não dá pra mim. Não é isso que estou
buscando. A Rainha tinha toda a razão. Meu tempo ali tinha acabado. Então
comuniquei minha saída, de uma forma muito educada e repleta de gratidão. E não
tinha como ser diferente, afinal sou muito grata mesmo! Aprendi muito ali. A
postagem que fiz neste blog, anterior a esta, também foi sobre isso. Eu
precisava subir o degrau que subi através daquela casa e de seu Mestre.
Enquanto eu me identificava
lá, fiquei. E fiquei porque eu precisava aprender lições extremamente
importantes pra mim, que talvez não tivesse como aprender em outro caminho. Foi
ali que as portas dos mistérios se abriram pra mim. E por tudo isso sou muito
grata! Não seria quem sou hoje se não tivesse passado por esta casa. Descobri
muito sobre mim mesma. Então, Gratidão!!!
E é como eu disse em minha
postagem anterior: Cada um dá aquilo que pode, aquilo que tem... Portanto,
ofereço toda minha gratidão, e não deboches, desdéns, agressões, como muitas pessoas fazem ao não concordar com o outro. Afinal, como
dizia Carl Jung: "Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a um
entendimento de nós mesmos". E não há nada me irritando no momento, há só
amor e gratidão!
Desejo a todos que continuam
na casa antiga e a seu Mestre muita luz e clareza! Que todos sejam capazes de
alcançar sua iluminação e se descubram inteiros, como eu estou me descobrindo. Que
descubram, enfrentem e aprendam a conviver com suas sombras. Que todos sejam
capazes de alcançar sua própria verdade!
Só que eu quero seguir um
caminho de luz, de amor, de solidariedade, de RESPEITO e estou buscando
aprendizado nesta outra casa agora, onde encontrei tudo isso. É uma casa repleta de amor, de respeito
pelo outro, de sabedoria, de comunhão de saberes, onde tudo é explicado a você
e as pessoas tem o maior prazer em te ensinar. Tudo é colocado às claras.
Nesta casa há um belíssimo
trabalho de solidariedade, de atendimento em rituais com a Ayahuasca (de ótima
fonte e qualidade) oferecida gratuitamente para o tratamento de pessoas com
vários problemas diferentes, e tem mudado a vida de muita gente! Este trabalho
solidário é realmente solidário, pois não é apenas caridade, não é só dar a
bebida sagrada e dar um passe. É feito um trabalho de conscientização com as
pessoas, de resgate, e a vida delas realmente muda pra muito melhor! Elas se curam
de seus problemas e passam a se comprometer com seu crescimento pessoal. E são
os componentes da Ordem e os valores cobrados pelos cursos que eles oferecem
que bancam este trabalho solidário.
Mas sei que meu caminho não
está nas casas por onde passo, ou venha a passar, e sim dentro de mim mesma. As
casas, pessoas e Mestres são fontes de comunhão e aprendizado, e devo ficar
enquanto isso fluir bem pra mim e para o grupo. Afinal, é como eu disse em
outra postagem anterior a esta, no texto sobre Mestres e Aprendizes:
“Nem sempre vamos aprender
tudo com apenas um Mestre, pois nenhum Mestre sabe tudo. E que bom por isso!
Assim vamos construindo nosso próprio caminho, nossa própria coletânea de
saberes... Não fosse assim seríamos apenas clones de nossos Mestres... Afinal,
como já dizia Aristóteles: ‘O verdadeiro discípulo é aquele que supera o
Mestre’. Além disso, creio que estamos aqui é para aprendermos a nos tornar
Mestres de nós mesmos”.
Ontem pela manhã eu li um
texto de Helena Blavatsky em uma postagem na página de um amigo, no facebook, e
quero aqui reproduzir um trecho, que tudo tem a ver com minha mudança:
“O ‘Caminho’ real para o
conhecimento esotérico é muito diferente. [...] As caricaturas da verdade,
durante longas eras bloqueiam o caminho, e o caminho é obscurecido pelo
desprezo orgulhoso da autossuficiência e com cada verdade distorcida até ficar
fora de foco. [...] A ‘Doutrina do Olho’ é maya (ilusão); só a Doutrina do
‘Coração’ pode fazer dele um eleito. [...] Deveria ser surpreendente que tão poucos
alcancem o objetivo, que muitos sejam chamados, mas poucos sejam escolhidos?
[...] Enquanto os seguidores da Doutrina do Olho repetem com orgulho, ‘Vejam,
eu sei’, aqueles que recolheram conhecimento com humildade confessam em voz
baixa; ‘assim eu ouvi’; e deste modo tornam-se os únicos escolhidos”.
Retirado do texto
"Ideias Sobre a Doutrina Secreta", de Helena P. Blavatsky.
É assim que eu penso. Se eu
seguir a Doutrina do Olho, que era o eu estava fazendo até então, vou achar que
sou autossuficiente. Vou bater no peito estufado e dizer “VEJAM, EU SEI!”, ou
seja, vou dizer que eu sei e o outro não. Vou dizer que o meu caminho é o
melhor, que os outros estão errados. Ao agir assim, vou me dar o direito de
julgar, criticar, condenar. Vou esquecer que o outro é meu irmão, e que segue o
caminho que hoje ele tem condições de seguir, porque é através do qual ele irá
aprender as lições que precisa aprender.
Não, eu não quero a ilusão.
O caminho da ilusão é o caminho do Ego. É o caminho onde você acha que sabe mais
do que os outros. Eu quero o caminho do Coração! É através do caminho do
Coração que eu descobri a minha verdade. Essa verdade me diz que saber algo deve me
bastar, que não preciso esfregar meu saber na cara de ninguém, até porque o que eu aprendi serve pra mim, mas talvez não sirva para o outro. É como foi
mostrado pra mim, porque é o que serve pra mim. Também aprendi que saber algo
não me dá o direito de usar isso para menosprezar o outro, e sim para ajudá-lo.
A minha verdade também me mostrou que eu e Deus somos Um! E que todos nós,
pessoas, plantas, animais, Guias, Mestres, Devas, Elementais e todos os seres
existentes, viemos da mesma fonte Divina! Todos nós somos irmãos! Todos nós
somos Deuses! E tudo isso está dentro de mim, e não fora.
Existe uma fonte Divina,
Criadora, e ela é Única! Ela é Pai e ela é Mãe! E de lá viemos todos nós! Em
uma experiência recente (que irei relatar aqui em postagem futura) eu acessei
essa fonte, me conectei diretamente com ela e foi então que a Verdade se
mostrou clara e límpida! A chama Divina que existe dentro de mim é quem Eu Sou!
E ela se acendeu! Agora a conexão que tenho com a Fonte é Plena! Essa Fonte uns
chamam de Deus, outros de Shiva, outros de Allah, outros de Grande Espírito,
outros de Plano Divino, mas é tudo a mesma coisa. É a Fonte Criadora!
Então, como diz o texto de
Helena Blavatsky, “ASSIM EU OUVI”, ou melhor, “ASSIM ME FOI MOSTRADO”! Ao ver
que todos nós somos um, que todos temos a mesma origem, que todos estamos
ligados, não há a menor lógica em criticar e menosprezar meu irmão. Eu amo
todos os meus irmãos e quero que todos cumpram a sua missão, pois só assim
todos nós iremos evoluir e passar a existir em uma nova dimensão! Oro e desejo
que todos consigam enxergar suas sombras e iluminá-las, que possam equilibrar
seu lado luz e seu lado sombra, e viver em harmonia e comunhão, uns com os
outros, e com o Divino!
E assim, com essa expansão
de consciência eu pude ver que quem ainda não atingiu essa consciência é porque
ainda vive em luta interna com suas sombras, então a única forma de ajudar é
emanando luz a estas pessoas, orando por elas, para que se equilibrem, que
entendam suas sombras, aceitem-nas e consigam conviver com elas. Enquanto não
conseguirem, essas pessoas irão viver atacando, criticando, debochando e
agredindo as outras, e fazem isso porque não se aceitam como são... Então, para
desviar sua atenção de si mesmas, a direcionam ao outro, transferem para elas a
raiva de si mesmas.
Daí eu dizer, com toda a
convicção, que quando uma pessoa está satisfeita em seu caminho, e satisfeita
consigo mesma, ela não se preocupa mais com o caminho do outro, apenas em
seguir o seu. Não importa se, sob o seu ponto de vista, o outro está
fazendo o “certo ou errado”, porque você entende que é assim que ele irá
aprender o que precisa aprender. Então você permite que o outro siga seu
caminho, seja lá de que jeito for. Mas quando você perde seu tempo criticando o
caminho alheio é porque o seu não te preenche. Algo está faltando. Então
reflita... Busque-se. Encontre-se. E quando isso realmente acontecer,
descobrirás o divino em ti, e toda verdade se descortinará diante de teus
olhos.
E quando a gente expande a
consciência, parece que o Universo inteiro passa a agir em unidade conosco. As
“coincidências” começam a “pipocar” por todos os lados, clareando nosso
caminho, trazendo as respostas. E assim, nestes últimos dias que tirei para
refletir sobre as recentes mudanças que passei, e como estou diferente, acabei
lendo um texto onde uma parte dele reflete EXATAMENTE o que se passou comigo
nas últimas semanas e como estou me sentindo HOJE! Segue abaixo o tal trecho do
texto, que retirei desta postagem: http://www.amorepazsemfronteiras.com/2012/05/entrevista-com-o-canal-de-cartas-de.html
“Deus não é um
indivíduo, mas um imenso poder universal e está eternamente presente nas
galáxias de estrelas e na criação. [...] Percebi completamente e totalmente,
que a Causa Primeira, o Poder Divino por trás da Criação, estava
definitivamente dentro de mim e dentro de todas as coisas. Esta realização
total e absoluta deu-me uma perspectiva inteiramente nova sobre a vida. Se
Deus, Inteligência Infinita / Amor estava dentro de mim, então eu poderia fazer
qualquer coisa que eu quisesse fazer com a ajuda do Divino. Eu já não me via
como uma vítima, mas como cocriadora com Deus. Quando uma pessoa é totalmente
iluminada, ela não busca mais conhecimento, porque ela está absolutamente certa
que a ela foi mostrada a verdade. Tal pessoa se desloca de um ponto de vista de
fé para aquele de convicção e de total confiança. Ela SABE”.
E é assim mesmo que
acontece. Em um simples momento, quando o amor e a luz divina são revelados a
você, toda ignorância é destruída! Em segundos! Essa verdade te liberta, te
ilumina e te revela quem É você! E sua consciência se expande. Assim eu sigo,
iluminada, repleta de amor divino dentro de mim! Não tenho absolutamente nada a
temer, porque tenho Deus dentro de mim e todo seu exército de luz está comigo!
Sou una com Ele/Ela! A LUZ DIVINA é maior que qualquer sombra. Aos que estão em
luta com suas sombras eu envio luz, oração e desejo de que descubram em si a
luz e o amor divinos! Amo todos vocês, pois todos vocês são meus irmãos!
Diante desta expansão de
consciência, hoje vejo que não temos o direito de julgar o outro, muito menos
de debochar ou ridicularizar ninguém. E eu já fiz isso. Então peço PERDÃO a
todos que eu magoei ou feri de alguma forma enquanto estava perdida em minhas
sombras. PERDÃO!
Aqui mesmo, neste blog, tem
algumas postagens anteriores a esta que são agressivas, porém não vou
alterá-las. As escrevi num momento onde eu ainda estava me equilibrando entre
minha luz e minhas sombras. O que está escrito lá é como eu ainda penso, a
forma como está escrita é que não combina mais com meu Eu de hoje, porém foi
escrita em um período onde era preciso que fosse escrito daquela forma, então é
assim que vai continuar.
Ainda tenho minhas sombras,
elas fazem parte de quem eu sou, porém estamos nos equilibrando. As aceito,
compreendo porque as tenho, e procuro usá-las em meu benefício, para me
estimular a ser uma pessoa cada vez melhor.
Então, quando observar uma
pessoa criticando outra, compreenda que ela assim o faz porque está perdida em
suas sombras. Não entende que as críticas ao outro, na verdade, são críticas a
si mesma. Que o ódio que sente do outro é ódio por si mesma. E se o ódio for
direcionado a você, perdoe. Ali você está apenas funcionando como um espelho.
Já que estamos falando em
caminhos a seguir, vou dar um exemplo dentro deste tema. Vamos supor que você
observe uma pessoa criticando o caminho alheio. Muitas vezes essa pessoa
pertence a uma casa religiosa e está a criticar a casa de outra pessoa. Antes
de achar que ela tem razão, questione e observe. Procure olhar como é o caminho
desta pessoa. É comum você acabar descobrindo que a casa que essa pessoa
frequenta é uma casa falida, com poucos membros, onde ninguém fica por mais de
um ano ou dois. Digo isso, pois um ou dois anos é o tempo em média que as
pessoas levam pra despertar e ver que possuem muito mais luz que certos
lugares, pois os mesmos são cheio de sombras e maus exemplos. Daí haver
rodízios tão grandes de pessoas em alguns lugares. Não há firmeza, não há
solidez. E há muitos lugares assim. Então a pessoa que pertence a uma casa
dessas fica frustrada. Ao ver outra casa repleta de prosperidade, de amor e de
solidariedade, fica com raiva e cria algo para criticar e atacar, cheia de ódio.
Mas o ódio é de si mesma, por estar repleta de frustração. Por não conseguir
ter o mesmo em sua casa. Quando há clareza do membro desta casa, ele percebe
que a frustração é sua e por não ter como mudar as diretrizes da casa, ele sai
e vai buscar um lugar onde encontre o que busca compartilhar.
Quando não é o membro da
casa e sim seu diretor, a situação poderia ser mais simples, porém na falta de
clareza deste, o mesmo não quer assumir essa culpa, nem essa responsabilidade
por não conseguir conquistar o que a outra casa tem. Daí começa a dedicar seu
tempo a atacar o outro que faz parte dessa casa e a casa em si. Transforma sua
frustração consigo mesmo em ódio do outro. Pensemos um pouco sobre esta
situação... Qual seria a atitude correta a tomar?! A meu ver, o correto, e a
única saída eficaz, é olhar pra dentro. É refletir sobre qual o motivo real
desta raiva. Aí vai descobrir que sua frustração é a raiva, e a culpa dela é
sua e de mais ninguém. Usando o exemplo citado, o que a pessoa deveria fazer?!
Deveria voltar-se pra dentro e avaliar o que é que poderia fazer diferente para
tornar sua casa melhor e mais próspera. Para que seus membros fiquem
satisfeitos nesta casa, que tenham bons exemplos para se mirar. Assim o rodízio
termina, pois essa casa passará a ser uma casa de luz e amor. Haverá firmeza e
solidez. Então, ao invés de dedicar seu tempo atacando o caminho dos outros, a
pessoa devia é estar preocupada com o seu caminho e com sua casa.
Essa foi a lição mais
importante que eu aprendi, pois a partir dela que todas as demais começaram a
vir! Foi quando aprendi a focar no meu caminho e em minhas responsabilidades
que tudo se abriu pra mim.
E quanto nos pegamos agindo
assim, transferindo para os outros a raiva de nós mesmos, vemos o quanto ainda
precisamos evoluir... O quanto precisamos curar nossas sombras. Há pessoas onde
essa luta ainda está em graus muito mais elevados, que é o caso de pessoas
extremamente agressivas, que esbravejam até sem motivo, totalmente ególatras.
Só luz no caminho delas mesmo pra ajudar em seu despertar. Mas o despertar de
cada um irá chegar, no tempo certo! Nem que não seja nesta encarnação, mas numa
próxima. E que assim seja!
Enfim, tem gente que vai ler
isso e morrer de ódio, vestindo a carapuça... Pra estes eu só digo o seguinte:
se doeu é porque é verdade. Então aproveite e reflita! Cure suas sombras,
evolua! Você também tem Deus dentro si! Encontre-o! Seja luz!
E a todas as pessoas que
acham que seu caminho é o melhor, ou pior ainda, que acham que seu caminho é o
único bom, digo apenas: parem e reflitam com o coração, pois é seu ego que está
fazendo você pensar assim. Na bruxaria conheci bruxos que acreditam que só por
serem bruxos são melhores do que os outros, que conquistaram a clareza e que
isso lhes dá o direito sim de julgar os demais. Não, vocês não são melhores do
que ninguém, e muito menos isso lhes dá o direito de julgar e menosprezar o
outro ou o seu trabalho... Mas, enfim, cada qual com sua consciência. Com a
consciência expandida que conquistei, a meu ver, deve-se ter respeito com tudo
e com todos, pois somos todos irmãos, somos todos iguais. E todo temos a mesma
missão: Evoluir!
É por pensar assim que eu
jamais irei permanecer num grupo ou numa casa onde não haja respeito com outras
pessoas e com outros caminhos e crenças.
Jaya Ahow!!! (Significa Namastê – O
divino que habita em mim saúda o divino que habita em ti)
Giselle
Keller
;)